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terça-feira, 16 de abril de 2013


Ataque aéreo da Otan mata 11 crianças no Afeganistão 


A província oriental afegã de Kunar levantou uma condenação contra o ataque áereo das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que custou a vida de 11 crianças afegãs neste sábado (6) e deixou seis mulheres feridas.


AP
11 crianças morrem em ataque da Otan
11 crianças morrem em ataque da Otan no Afeganistão 
Os manifestantes saíram às ruas neste domingo (7) no distrito de Shigal, na província de Kunar, e gritaram palavras de ordem contra as forças estrangeiras, situadas no Afeganistão.

Com essa marcha, a população afegã mostrou a sua repulsa contra o ataque e voltou a rechaçar a presença de tropas da aliança atlântica no país.

O ataque provocou também a indignação do presidente Hamid Karzai, que criticou de novo qualquer operação que ponha em risco a vida de civis.

O presidente condena o uso de civis como escudo e “opõe-se a operações que causem a morte de civis”, assinalou um comunicado da Presidência afegã, que também informa que uma delegação será enviada ao local para abrir uma investigação.

Funcionários locais informaram que o atentado foi realizado com o objetivo de apoiar uma operação militar terrestre contra os insurgentes do Talibã na região.

No passado 4 de abril quatro policiais afegãos e dois civis perderam a vida em outro ataque aéreo lançado pelas forças estadunidenses na província oriental de Ghanzi.

Os Estados Unidos e seus aliados da Otan invadiram o Afeganistão em 2001 com o pretexto de restaurar a paz; a instabilidade, entretanto, tem se mantido no Afeganistão, e os civis se converteram em alvos das forças estrangeiras, sujeitos ou não à condição de “escudos” humanos, como alegam as forças da Otan para justificar as mortes civis.

O presidente afegão ordenou, em meados de fevereiro, que as forças militares afegãs abstenham-se de pedir apoio aéreo às forças estrangeiras para realizar as suas operações, depois da morte de 10 civis em um bombardeio a zonas civis na mesma província.

Com HispanTV,
da Redação do Vermelho

 

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