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domingo, 3 de fevereiro de 2013


Candidaturas fora da lei de presidentes saltimbancos” serão impugnadas

Este domingo, o coordenador do Bloco de Esquerda sublinhou que o Bloco fará, nas eleições autárquicas, uma “campanha pela democracia” que visará também contribuir para “libertar este país deste governo e da troika”. João Semedo deixou a certeza de que “os presidentes salta pocinhas, que ora governam aqui, ora governam ali, verão as suas candidaturas impugnadas”.
Foto de Paulete Matos.
Durante a sessão de encerramento das Jornadas Autárquicas do Bloco de Esquerda, João Semedo sublinhou que o Bloco viveu estes últimos anos muito “enraizado em torno dos problemas do poder local e dos problemas das populações”, participando, entre outras, na luta contra a extinção das freguesias, sendo que se continuará a "empenhar no futuro na luta pelo resgate da democracia dessas mesmas freguesias", na luta contra o estrangulamento financeiro das finanças locais, na luta contra a lei das rendas e pelo referendo pela "manutenção da água como um bem exclusivamente público".
Nestas eleições autárquicas, o Bloco tem um objectivo muito claro: “Aumentar a representatividade e a representação do Bloco de Esquerda e dos seus eleitos nos órgãos de poder local”, adiantou o dirigente bloquista, sublinhando que esta “não será uma batalha fácil mas será uma batalha decisiva”.
“A direcção fundamental da intervenção do Bloco nas eleições autárquicas” passa, segundo João Semedo, pelo “resgate da democracia do poder local” e também por assegurar “uma intervenção maior do poder local relativamente ao mais grave problema que a população enfrenta hoje - a emergência social - que exige um poder local diferente capaz de responder a essa calamidade”.
O Bloco fará, adiantou, uma “campanha pela democracia” que visará também contribuir para “libertar este país deste governo e da troika”.
“O país está escandalizado e com razão”
Durante a sua intervenção, o deputado do Bloco de Esquerda referiu-se ainda à “indignidade da nomeação, por parte do governo, do novo secretário de Estado, Franquelim Alves, ex administrador do grupo BPN/SLN escolhido por José Oliveira e Costa e, mais do que isso, um administrador que esteve numa administração que, já depois de José Oliveira e Costa, quando já ninguém conseguia esconder a enorme fraude que se passava no banco”, continuou a “ludibriar e enganar o Banco de Portugal e que procurou manter, numa versão mais light, mais soft, o banditismo financeiro que caracterizou anos a fio as administrações do BPN”.
Para o coordenador do Bloco de Esquerda não é, no entanto, “de estranhar que Passos Coelho não se indigne com esta nomeação”, já que tem como ministro dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas, que passa férias com o Dr. Dias Loureiro. Também não é, por outro lado, e segundo avançou João Semedo, igualmente estranho que o presidente da República não conteste esta escolha, já que Cavaco Silva “escolheu e manteve no conselho de Estado o Dr. Dias Loureiro quando já eram conhecidas as trafulhices em que ele tinha estado envolvido”.
Quanto ao facto de uma "fonte anónima" ter adiantado que o CDS se sente escandalizado com esta nomeação, João Semedo apresenta uma solução "demita-se" do governo.
Os “presidentes saltimbancos”
A par de não se escandalizarem com nomeações como a de Franquelim Alves, “também não se escandalizam por estar a apoiar, patrocinar e lançar candidaturas fora da lei”, salientou o dirigente bloquista, deixando a certeza que “as candidaturas dos presidentes saltimbancos, dos salta pocinhas, que ora governam aqui, ora governam ali”, e que querem contornar a nova lei que impõe a limitação de mandatos e que visa acabar com os “dinossauros autárquicos“, verão as suas candidaturas impugnadas”.
Na sua intervenção, João Semedo fez ainda alusões à “efervescência vivida no seio do PS”, frisando que o Bloco “não é parte interessada” nesta questão e que a questão que interessa é “que Partido Socialista vai resultar desta efervescência”. “Um PS liberto da troika ou que continuará resignado à mesma? Um PS das abstenções violentas ou uma verdadeira oposição? Irá manter-se uma da alternância ao centro ou transformar-se-á numa alternativa de esquerda, contribuindo para um governo de esquerda, para uma solução de esquerda para o país?”, interrogou o deputado do Bloco, lamentando, no entanto, que “os últimos anos não ajudam a alimentar a expectativa de uma viragem à esquerda”.
O coordenador do Bloco referiu-se também às “mentiras de Pedro Passos Coelho”, que quer convencer o país de que o aumento de impostos é necessário para assegurar a manutenção do Estado Social quando, na verdade, o governo tenciona, efectivamente, “acabar com o Estado Social”.
No final da intervenção, João Semedo lembrou ainda o calendário das lutas que se avizinham e frisou a importância de participar em iniciativas como a Jornada de Luta convocada pela CGTP para dia 16 de fevereiro e a manifestação “Que se lixe a troika. O povo é quem mais ordena”, agendada para dia 2 de março.

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