Ricos Mais Ricos, Pobres Mais Pobres
«Até os pecados da carne são coisas banais, quando comparados com o fardo do dinheiro.»
Dante Alighieri, poeta florentino (1265-1321)
A PROMESSA de que a austeridade e os sacrifícios pedidos pelo Governo, seriam distribuídos equitativamente por todos os portugueses, é mais uma promessa que não vai ser cumprida, mantendo-se assim o péssimo hábito de os cidadãos serem enganados, a torto e a direito. Na verdade, indiferente a mais uma injusta discriminação, o Governo decidiu que 2,3 mil milhões de euros de rendimentos de capitais (juros de aplicações financeiras, dividendos de acções e mais-valias de transações bolsistas) não irão ser sujeitos ao novo imposto extraordinário, o qual irá apenas incidir sobre as habituais fontes onde a fiscalidade se abastece, isto é, as pensões, os rendimentos de trabalho e prediais.
Uma presumível inconstitucionalidade, o receio de fragilização do sistema financeiro português, o perigo de fuga de capitais para o estrangeiro, bem como a exigência de cumprimento dos mandamentos da “troika”, são apontados pelo Governo como os argumentos de peso para que os rendimentos de capitais continuem dispensados de contribuir para a superação da crise. Significa também que a recuperação económica parece estar a tornar-se um assunto marginal, já que as medidas que vão sendo implementadas, de matriz neoliberal, acabam por alargar ainda mais o fosso que separa a minoria rica, com os seus cabedais, mealheiros e rendimentos, da maioria dos pobres e classe média, potenciando a redução do consumo e, consequentemente, debilitando ainda mais, a já frágil economia nacional.
Dante Alighieri, poeta florentino (1265-1321)
A PROMESSA de que a austeridade e os sacrifícios pedidos pelo Governo, seriam distribuídos equitativamente por todos os portugueses, é mais uma promessa que não vai ser cumprida, mantendo-se assim o péssimo hábito de os cidadãos serem enganados, a torto e a direito. Na verdade, indiferente a mais uma injusta discriminação, o Governo decidiu que 2,3 mil milhões de euros de rendimentos de capitais (juros de aplicações financeiras, dividendos de acções e mais-valias de transações bolsistas) não irão ser sujeitos ao novo imposto extraordinário, o qual irá apenas incidir sobre as habituais fontes onde a fiscalidade se abastece, isto é, as pensões, os rendimentos de trabalho e prediais.
Uma presumível inconstitucionalidade, o receio de fragilização do sistema financeiro português, o perigo de fuga de capitais para o estrangeiro, bem como a exigência de cumprimento dos mandamentos da “troika”, são apontados pelo Governo como os argumentos de peso para que os rendimentos de capitais continuem dispensados de contribuir para a superação da crise. Significa também que a recuperação económica parece estar a tornar-se um assunto marginal, já que as medidas que vão sendo implementadas, de matriz neoliberal, acabam por alargar ainda mais o fosso que separa a minoria rica, com os seus cabedais, mealheiros e rendimentos, da maioria dos pobres e classe média, potenciando a redução do consumo e, consequentemente, debilitando ainda mais, a já frágil economia nacional.
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