Passos: «Não há buraco colossal nas contas públicas»
Primeiro-ministro garante que se referia a um «esforço colossal» que será peciso fazer.
Ao fim de uma semana, primeiro-ministro corrige notícia e garante que houve «uma utilização abusiva de uma alusão a um esforço colossal que o Estado vai precisar de fazer em praticamente meio ano».
No final da cimeira extraordinária, que teve lugar esta quinta-feira em Bruxelas, Passos Coelho foi questionado, em conferência de imprensa, sobre o «desvio colossal» - expressão que teria sido usada no Conselho Nacional do PSD - e que tinha sido já explicada pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Tratava-se antes de um «esforço colossal» após ter sido realizada uma estimativa do que seria preciso do lado da receita, onde se verificou, de facto, um desvio de «cerca de 840 mil milhões de euros, até ao final do ano, e muito perto de mil milhões de euros do lado da despesa».
Questionado sobre o «desvio», Passos Coelho não quis entrar em «pormenores»: «É uma estimativa, apenas. Em uma semana estaremos a fixar tectos da despesa, que serão utilizados para a elaboração do Orçamento do Estado para 2012, e nessa altura ficará mais claro que esforço de contenção será necessário na despesa».
Sobre se o «desvio» obrigava então a um imposto extraordinário que irá incidir sobre metade do equivalente ao subsídio de Natal, o primeiro-ministro respondeu que não era altura para «ficar à espera do dia em que fosse tarde e já não houvesse tempo para corrigir» as contas e cumprir a meta do défice.
Pedro Passos Coelho falava durante a conferência de imprensa após a cimeira extraordinária do euro, que decorreu esta quinta-feira, e da qual o primeiro-ministro considera que Portugal saiu com melhores condições para cumprir o programa.
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