Noruega temia os radicais islamistas mas não os da extrema-direita
Os serviços de segurança internos noruegueses receavam um ataque de radicais islamistas no seu território mas não ponderava a possibilidade de a extrema-direita no país constituir uma “ameaça séria”, de acordo com um relatório oficial elaborado ainda no início deste ano.
“Como nos anos anteriores, os grupos de extrema-direita, assim como os de extrema-esquerda, não representam uma ameaça séria para a sociedade norueguesa em 2011”, é avaliado no documento da Politiets sikkerhetsjeneste (PST, a agência policial de segurança interna na Noruega, comparável em atribuições e responsabilidades ao britânico MI5).
Era reconhecido, porém, que “houve um aumento da actividade dos grupos de extrema-direita em 2010” e que a mesma “deverá continuar em 2011”.
Tal avaliação contrasta dramaticamente com o resultados dos ataques de ontem – em Oslo e na pequena ilha de Utoeya, nas proximidades da capital norueguesa – em que um total de 91 pessoas morreram no que se crê terá sido responsabilidade de Anders Behring Breivik, cidadão norueguês, descrito como um “fundamentalista conservador cristão”, com ligações à extrema-direita e “anti-islamista” de 32 anos, e o qual se encontra detido e sob interrogatório.
O relatório do PST considera que “um aumento da actividade dos grupos anti-islâmicos pode conduzir a uma mais acentuada polarização e a convulsões, nomeadamente durante ou em ligação a comemorações e manifestações”. Mas, a polícia sublinhava que a principal ameaça em 2011 para a Noruega “não vem do extremismo cristão, mas sim do muçulmano”.
“Certos extremistas islamistas surgem actualmente cada vez mais orientados a agir a nível internacional e é principalmente este grupo que poderá constituir uma ameaça directa à Noruega”, é reiterado no documento.
Era reconhecido, porém, que “houve um aumento da actividade dos grupos de extrema-direita em 2010” e que a mesma “deverá continuar em 2011”.
Tal avaliação contrasta dramaticamente com o resultados dos ataques de ontem – em Oslo e na pequena ilha de Utoeya, nas proximidades da capital norueguesa – em que um total de 91 pessoas morreram no que se crê terá sido responsabilidade de Anders Behring Breivik, cidadão norueguês, descrito como um “fundamentalista conservador cristão”, com ligações à extrema-direita e “anti-islamista” de 32 anos, e o qual se encontra detido e sob interrogatório.
O relatório do PST considera que “um aumento da actividade dos grupos anti-islâmicos pode conduzir a uma mais acentuada polarização e a convulsões, nomeadamente durante ou em ligação a comemorações e manifestações”. Mas, a polícia sublinhava que a principal ameaça em 2011 para a Noruega “não vem do extremismo cristão, mas sim do muçulmano”.
“Certos extremistas islamistas surgem actualmente cada vez mais orientados a agir a nível internacional e é principalmente este grupo que poderá constituir uma ameaça directa à Noruega”, é reiterado no documento.
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