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sábado, 23 de julho de 2011

Noruega temia os radicais islamistas mas não os da extrema-direita - Relatório dos serviços policiais de segurança interna - Tal avaliação contrasta dramaticamente com o resultados dos ataques de ontem – em Oslo e na pequena ilha de Utoeya, nas proximidades da capital norueguesa – em que um total de 91 pessoas morreram no que se crê terá sido responsabilidade de Anders Behring Breivik, cidadão norueguês,

Relatório dos serviços policiais de segurança interna

Noruega temia os radicais islamistas mas não os da extrema-direita


Os serviços de segurança internos noruegueses receavam um ataque de radicais islamistas no seu território mas não ponderava a possibilidade de a extrema-direita no país constituir uma “ameaça séria”, de acordo com um relatório oficial elaborado ainda no início deste ano.
“Como nos anos anteriores, os grupos de extrema-direita, assim como os de extrema-esquerda, não representam uma ameaça séria para a sociedade norueguesa em 2011”, é avaliado no documento da Politiets sikkerhetsjeneste (PST, a agência policial de segurança interna na Noruega, comparável em atribuições e responsabilidades ao britânico MI5).

Era reconhecido, porém, que “houve um aumento da actividade dos grupos de extrema-direita em 2010” e que a mesma “deverá continuar em 2011”.

Tal avaliação contrasta dramaticamente com o resultados dos ataques de ontem – em Oslo e na pequena ilha de Utoeya, nas proximidades da capital norueguesa – em que um total de 91 pessoas morreram no que se crê terá sido responsabilidade de Anders Behring Breivik, cidadão norueguês, descrito como um “fundamentalista conservador cristão”, com ligações à extrema-direita e “anti-islamista” de 32 anos, e o qual se encontra detido e sob interrogatório.

O relatório do PST considera que “um aumento da actividade dos grupos anti-islâmicos pode conduzir a uma mais acentuada polarização e a convulsões, nomeadamente durante ou em ligação a comemorações e manifestações”. Mas, a polícia sublinhava que a principal ameaça em 2011 para a Noruega “não vem do extremismo cristão, mas sim do muçulmano”.

“Certos extremistas islamistas surgem actualmente cada vez mais orientados a agir a nível internacional e é principalmente este grupo que poderá constituir uma ameaça directa à Noruega”, é reiterado no documento.

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