INFORMAÇÕES ÚTEIS…
Como se poderá verificar, omissão e a inverdade prosseguem na nossa comunicação social dita de referência, que só por ironia se pode considerar pluralista.
Nato's Futile War - Libyan Rebels In Retreat - By Kim Sengupta – 27-07-2011
O autor refere que apesar de mais de 4 meses de constantes ataques aéreos pelas forças da Nato os rebeldes falharam em obter qualquer vantagem militar. Por outro lado, Kaddafi conseguiu sobreviver às tentativas de o eliminar e não há sinais que ele possa ser destituído por um golpe tipo palaciano. Neste momento o regime controla cerca de 20% mais território do que após o período a seguir ao levantamento de 17 de Fevereiro. Entretanto o governo da Líbia, que tinha oferecido um cessar fogo incondicional há um mês, parece ter endurecido a sua posição, com representantes mantendo que a Nato deve parar os bombardeamentos antes de quaisquer conversações.
Worse Than Iraq- Lies Of The Libyan War By Thomas Mountain July 27, 2011
Neste artigo, o autor refere que os observadores da Amnistia Internacional e do Human Rights Watch estiveram meses no terreno no leste da Líbia e ambos repudiaram todas as maiores as acusações usadas para justificar a guerra da Nato na Líbia.
As alegadas violações feitas por soldados pró-Kaddafi, não puderam ser confirmadas nem mesmo por médicos. A Amnistia Internacional também não pode confirmar a existência sequer de um único mercenário africano. Esta invenção difundida pela televisão internacional por satélite, com a alegação que procediam a violações e massacres, foi usada para provocar o pânico nas populações do leste da Líbia e criar a uma onda de refugiados.
Os observadores não puderam confirmar que helicópteros atacassem civis ou que fossem feitos bombardeamentos a populações civis, demonstrando que as acuasações para justificar a resolução do Conselho de Segurança de ONU foram totalmente fabricadas.
Depois de 3 meses no território controlado pelos rebeldes os investigadores da Amnistia Internacional apenas puderam confirmar 110 mortes em Benghazi, incluindo apoiantes de Kaddafi, embora tenha sido afirmado serem da ordem de muitos milhares as mortes de responsabilidade do governo. A campanha da Nato baseou-se e baseia-se portanto em mentiras.
De acordo com o Crescente Vermelho Líbio cerca de 1 100 civis foram já mortos pelas bombas da Nato, incluindo cerca de 400 mulheres e crianças. O número de feridos civis atinge os 6 000, muitos deles muito seriamente.
A Líbia, sob o coronel Kaddafi, não invadiu nenhum vizinho nem usou armas letais contra o seu povo. Pelo contrário, nada se ouviu no entanto da parte da Nato acerca da Argélia cuja luta contra os insurrectos provocou cerca a morte de cerca de 200 000 argelinos. Nem acerca das marionetas ocidentais do Egipto e da Tunísia que não tinham nenhum apoio do seu povo – prossegue o autor.
Na Líbia, diz-nos, a maioria do povo apoia Kaddafi e a moral dos combatentes permanece alto. A Líbia tem o melhor sistema de saúde e educacional público mundo árabe, ambos gratuitos, bem como a maior esperança de vida no mundo árabe. Milhares de egípcios e tunisinos emigravam para a Líbia para poderem alimentar as suas famílias.
Então por que desencadeou a Nato esta guerra contra a Líbia?
O autor explica que Kadadafi estava a criar um novo sistema bancário em África que iria pôr o FMI, BM e outras instituições ocidentais fora dos negócios em África. Previam-se 42 mil milhões de dólares no Banco Africano de Investimento para empréstimos com baixo juro ou mesmo nulo. Além disto, a Líbia estava a realizar projectos de investimento em infraestruturas através da África
O autor conclui que a guerra contra a Líbia tem muito em comum com a guerra da Nato no Kosovo contra a Sérvia.
Thomas C. Mountain is the only independent western journalist in the Horn of Africa, living and reporting from Eritrea since 2006. He was a member of the 1st US Peace Delegation to Libya in 1987. He can be reached at: thomascmountain at yahoo dot com
The Enemy Is Washington - An Economy Destroyed - July 22 / 24, 2011 By Paul C.Roberts
Diz-nos Paul Roberts que as guerras ilegais e ocupações militares dos EUA em pelo menos 6 países bem como o anel de bases construído à volta da Rússia, são a causa do défice orçamental
O total dos orçamentos militares e de segurança são cerca de 1,1 a 1,2 biliões (triliões EUA) ou sejam 70 a 75% do défice federal.
É portanto desonesto que políticos e eruditos culpem os programas de segurança social, sistema que pelo contrário é solvente, pelo défice. O regime criminoso de Bush (the criminal Bush regime) garantiu que a guerra no Iraque custaria 70 mil milhões. Peritos económicos e de finanças públicas calcularam que as guerras do Iraque e do Afeganistão considerando as despesas efectuadas e custos futuros em 4 biliões de dólares (triliões EUA)- (refira-se que os custos futuros incluem além das intenções assumidas a reposição do material bélico destruído ou danificado e a assistência médica e pensões às vítimas ou seus familiares norte-americanos).
O povo americano diz-nos o autor – não está representado em Washington, que serve os interesses dos grandes grupos, do complexo militar e de segurança, dos “banksters” da Wall Street, dos negócios agro-alimentares, companhias de petróleo, farmacêuticas, seguradoras, etc.
Estes interesses são defendidos cometendo crimes de guerra e aterrorizando populações estrangeiras, depois de roubar pensões, casas e empregos, recusar-se a defender o ambiente e estabelecer o sistema de saúde mais caro e mais lucrativo em todo o mundo.
A economia dos EUA está em recessão que se aprofunda e cuja recuperação não é possível, pois os empregos foram deslocalizados e dados a estrangeiros. O PIB dos EUA foi entregue à China, Indía e Indonésia para que os accionistas da Wall Street possam lucrar mais.
A balança comercial piora, o dólar declina, os preços sobem para os Americanos cujos rendimentos estagnam ou se reduzem. Isto é destruição económica e sempre ocorre quando uma oligarquia se apodera do controlo do governo. Os lucros de curto prazo dos poderosos são maximizados à custa da viabilidade da economia nacional.
Com 22,3% de desemprego, com os salários a reduzirem-se e o peso das dividas dos consumidores tão elevadas que não podem realizar poupanças, não há nada que impulsione a economia.
Independentemente de qualquer “redução do défice” a dívida nacional daqui a dez anos será muito maior que a actual.
Como se vê, o texto de Paul Roberts devia servir de lição para os srs. comentadores cá da terra se estivessem dispostos a ouvir algo que não os dogmas que lhes foram transmitidos.
Paul Craig Roberts was Assistant Secretary of the US Treasury, Associate Editor of the Wall Street Journal, and professor of economics in six universities. His latest book, How The Economy Was Lost, was published by CounterPunch/AK Press. He can be reached at: PaulCraigRoberts@yahoo.com
Nota – Segundo www.informationclearinghouse – somente a despesa das guerras do Iraque e do Afeganistão atinge actualmente cerca de 18 milhões de dólares por hora. Número de mortos das forças internacionais no Afeganistão é oficialmente de 2 609.
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