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quinta-feira, 21 de julho de 2011

As palavras fizeram-se amor.



Vaguiei por todas as passagens,
sensações contidas, sonhos destemidos,
segredos guardados nos guardanapos sobre a mesa.

Hipoteses, problemas, suposições e soluções.
Juras, prejuizos, conjecturas e presunções.
Factos, acto lunáticos marcados nas maçanetas das portas,
Degraus das escadas nas madrugadas,
Entre copos de bagaço e maços de cigarros, murtalhas.

Borboletas estéricas ao ventre,
Formigas picantes entre dentes
Até ao silêncio,
Beija-me a testa no final da festa,
Fica-se no abraço das mãos.

Adeus virá ou chegou antes de partir?
Amor virá ou partiu antes de chegar?

Os dedos trémulos a todas as passagens,
As aureas evidentes que iam para além do olhar,
Corridas, costas viradas, olhares no chão,
mas ter-nos nos dedos, desejos.

A cartas de amor corridas, cada qual perdida no seu tempo,
Única,
Feroz,
Temida,
Familiar,
Cansada,
Atrevida,
Inesquecível,
e Longe, partiu-se.

As palavras fizeram-se amor.

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