Banqueiros unem-se: Estado tem de pagar o que deve
Já governador do Banco de Portugal quer que banca venda activos e aumente depósitos para melhor financiamento
Reunidos na mesma sala, no hotel Sheraton em Lisboa, os responsáveis de alguns dos principais bancos nacionais uniram vozes para pedir ao Estado que pague as suas dívidas.
«Se o Estado pagasse às empresas públicas, autarquias e às regiões aquilo que lhes deve e, se por sua vez, essas empresas públicas autarquias e regiões pagassem o que devem, ficava liberta uma quantidade muito grande de meios que permitiriam financiar a economia», disse o presidente executivo do Millennium bcp, Santos Ferreira, durante o IX Fórum Banca & Mercado de Capitais.
Uma ideia partilhada por Ricardo Salgado para quem bancos encontram-se, actualmente, em dificuldades, em resultado «do endividamento do Estado, o que se reflecte nos bancos».
A banca «ainda não viu o programa de reembolso dos pagamentos do Estado aos bancos», que ficou estabelecido no memorando de entendimento com a troika, reclamou o presidente do BES.
E, se para o presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, os níveis de capital exigidos no programa da troika são demasiado elevados, opinião contrária tem o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, para quem os bancos têm de diversificar as suas fontes de financiamento para aumentar a desalavancagem.
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