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sábado, 16 de julho de 2011

NÃO SOMOS A GRÉCIA ! NÃO SOMOS PORTUGAL ! - QUANDO SE ACABAR A MAMA DAS GUERRAS, DO IMPERIALISMO, DO ROUBO DAS RIQUEZAS DE OUTROS POVOS E DO TERRORISMO ECONÓMICO LOGO FALARÁS ASSIM !


A poucos dias de se esgotar o prazo para evitar que os EUA entrem em incumprimento da dívida, o presidente norte-americano deu ontem uma conferência de imprensa na Casa Branca, onde apelou ao "bom senso" dos republicanos para se chegar a um acordo sobre o aumento do tecto máximo da dívida pública do país.

Para desdramatizar a situação - depois de, desde domingo, ter estado reunido diariamente com os líderes dos dois partidos no Congresso para negociar soluções para a crise - Barack Obama fez uma comparação explosiva que encheu os media europeus. "Não somos a Grécia! Não somos Portugal!", disse, referindo-se ao facto de os dois países terem sido forçados a pedir um empréstimo à UE e ao FMI por não conseguirem controlar os seus défices.

A conferência aconteceu ao início da tarde (19h em Portugal), depois de mais uma reunião com republicanos e democratas. Antes disso, o "The Wall Street Journal" (WSJ), citando fontes dos dois partidos em anonimato, avançava que os líderes dos democratas e dos republicanos no Congresso, Harry Reid e Mitch McConnell, estão "a trabalhar silenciosamente nos bastidores" para elaborar um plano que dê resposta à crise do país, cujo valor da dívida atingiu o valor histórico de 1,4 biliões de dólares.

O risco de incumprimento representa uma "humilhação" a que a maior economia do mundo não se pode sujeitar, nas palavras de Obama, com os media a colocar sobre a mesa cenários de "calamidade financeira".

Dizem as fontes de ambos os partidos que o plano que está a ser desenhado prevê um pacote de cortes na despesa pública aliado a uma estratégia proposta por McConnell no início da semana, que dará a Obama poder para subir o tecto da dívida.

Este tem sido o calcanhar de Aquiles do presidente norte-americano que, na noite de quarta para quinta-feira, abandonou de rompante a quinta ronda de um rol de negociações entre Casa Branca e Congresso para chegar a acordo sobre o limite máximo de endividamento do país, que foi ultrapassado em Maio.

Apesar da atitude repentina, a administração norte-americana garantiria, horas depois (madrugada de ontem em Portugal), que "apesar de tudo, houve avanços" nas discussões. "O presidente quer que isto continue. Existe uma base sobre a qual podemos trabalhar para conseguir algo ainda maior", disse o porta-voz da presidência. Jay Carney desmentiu ainda categoricamente a acusação de alguns republicanos de que Obama se assustou. "É um absurdo dizer tal coisa. A reunião estava a terminar e o presidente expressou as suas convicções sobre o que devia ser feito."

No alegado plano de Reid e McConnell está ainda prevista a criação de uma comissão para identificar novas medidas de redução do défice, imperativas para a aprovação do aumento do tecto da dívida. Este ou outro plano tem de estar pronto para aprovação até 2 de Agosto, sob pena de paralisação total do governo federal.

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