São 26 dias, 26 facturas, 26 cobranças e 26 penhoras que começaram já ontem. Seria um dia normal na vida do Vader do Fraque – um trabalhador português –, não tivesse como primeira missão tentar liquidar 83 mil milhões de euros: o acréscimo da dívida pública acumulada pelo governo de José Sócrates entre 2005 e 2011. Contas feitas pelo blogue 31 da Armada, autor desta campanha.
De manhã, Vader saiu de casa, como um simples trabalhador. Máscara, capacete, luvas, uma “factura” para cobrar e o fraque, claro. Missão e itinerário do dia: Ministério das Finanças, Residência Oficial do primeiro-ministro e Assembleia da República . Tudo estudado ao pormenor, desde a disposição das secretárias dos locais a visitar, à posição dos polícias, sem esquecer os sinais de código para o início da acção.
Primeira etapa, Ministério das Finanças, onde a troika da ajuda externa instalou o seu quartel-general. “É para entregar esta factura ao senhor ministro, por favor”, disse o Vader do Fraque, quando se dirigiu à secretária da instituição. A funcionária leu com atenção o documento, que explica que dos 118 mil milhões da dívida pública em 2005 se chegou aos 201 mil milhões em 2011, e sorrindo apenas respondeu “será entregue”. À saída do Ministério, passava um cidadão estrangeiro, nem por acaso semelhante a Rasmus Ruffer, representante do Banco Central Europeu no grupo da ajuda externa.
A segunda etapa já não foi tão fácil, porque a residência oficial do primeiro-ministro está bem guardada e vigiada por muitos polícias. A factura foi aceite com maus modos e cara séria, acompanhada de um aviso que “daqui não passa!” e um dedo a apontar a rua.
Já que nem Teixeira dos Santos nem Sócrates receberam pessoalmente a factura do Vader do Fraque, quem sabe algum dos 230 deputados o fizesse, na Assembleia da República. Mais uma vez as autoridades travaram a missão, desta vez a guarda de honra da porta principal do parlamento. Por entre sorrisos cúmplices de um lado e acusações de “palhaçada” do outro, a factura não foi aceite, embora houvesse quem reconhecesse que “a conta, já andamos todos a pagá-la”.
A acção não foi abortada e nova tentativa seguiu na porta lateral da Assembleia. Missão cumprida, agora, por entre sorrisos, a “factura” foi entregue a um funcionário, com um destinatário: Francisco Assis, líder parlamentar do PS.
Foi só a primeira missão do Vader do Fraque.
De manhã, Vader saiu de casa, como um simples trabalhador. Máscara, capacete, luvas, uma “factura” para cobrar e o fraque, claro. Missão e itinerário do dia: Ministério das Finanças, Residência Oficial do primeiro-ministro e Assembleia da República . Tudo estudado ao pormenor, desde a disposição das secretárias dos locais a visitar, à posição dos polícias, sem esquecer os sinais de código para o início da acção.
Primeira etapa, Ministério das Finanças, onde a troika da ajuda externa instalou o seu quartel-general. “É para entregar esta factura ao senhor ministro, por favor”, disse o Vader do Fraque, quando se dirigiu à secretária da instituição. A funcionária leu com atenção o documento, que explica que dos 118 mil milhões da dívida pública em 2005 se chegou aos 201 mil milhões em 2011, e sorrindo apenas respondeu “será entregue”. À saída do Ministério, passava um cidadão estrangeiro, nem por acaso semelhante a Rasmus Ruffer, representante do Banco Central Europeu no grupo da ajuda externa.
A segunda etapa já não foi tão fácil, porque a residência oficial do primeiro-ministro está bem guardada e vigiada por muitos polícias. A factura foi aceite com maus modos e cara séria, acompanhada de um aviso que “daqui não passa!” e um dedo a apontar a rua.
Já que nem Teixeira dos Santos nem Sócrates receberam pessoalmente a factura do Vader do Fraque, quem sabe algum dos 230 deputados o fizesse, na Assembleia da República. Mais uma vez as autoridades travaram a missão, desta vez a guarda de honra da porta principal do parlamento. Por entre sorrisos cúmplices de um lado e acusações de “palhaçada” do outro, a factura não foi aceite, embora houvesse quem reconhecesse que “a conta, já andamos todos a pagá-la”.
A acção não foi abortada e nova tentativa seguiu na porta lateral da Assembleia. Missão cumprida, agora, por entre sorrisos, a “factura” foi entregue a um funcionário, com um destinatário: Francisco Assis, líder parlamentar do PS.
Foi só a primeira missão do Vader do Fraque.
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