«E depois do verão?» é o mote de uma campanha que o PCP decidiu levar a cabo junto dos trabalhadores do setor do turismo no Algarve, depois de, nos dois últimos meses, 18 mil pessoas terem passado ao desemprego.
“No final do passado mês de outubro, terminaram mais de 10 mil contratos de trabalho no setor do turismo no Algarve, empurrando outros tantos trabalhadores para o desemprego. No final do mês de setembro, já tinham sido 8 mil”, revelou o PCP.
Para os comunistas, trata-se de uma “dura realidade que marca o desenvolvimento deste setor na região algarvia, com uma forte sazonalidade, com baixos salários, com precariedade e desemprego”.
“Tudo isto, num quadro em que ano após ano têm crescido quer as vendas, quer o número de turistas, quer os lucros deste setor”, ressalva o PCP.
A iniciativa política arrancou esta segunda-feira com a distribuição de um folheto do PCP junto das centenas de trabalhadores que acorreram aos principais centros de emprego da região (Faro, Portimão, Albufeira), revelaram os comunistas.
A campanha vai estender-se às principais unidades hoteleiras de toda a região algarvia durante o mês de novembro, dando a conhecer as propostas do PCP para o aumento geral dos salários (incluindo do salário mínimo nacional para 850 euros), para o combate à precariedade (exigindo que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato efectivo de trabalho) e para que seja assegurado o respeito pelos horários e restantes direitos de quem trabalha.
“Num momento em que se enchem as páginas dos jornais e se abrem noticiários com os recordes do setor do turismo, torna-se ainda mais incompreensível que não se avance com essa emergência regional que é a do aumento dos salários já a partir de 1 de janeiro, assegurando a recuperação do poder de compra perdido ao longo da última década”, finaliza o PCP.
regiao-sul.pt
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