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domingo, 24 de novembro de 2019

Prisioneiros da mentira mil vezes repetida


 

Há 19 anos à espera
 
de dois passos em frente

Em artigo hoje publicado no «Público» e exclusivamente dedicado a zurzir no PS por apenas 7 dos seus deputados terem votado a favor da resolução proposta pelo CDS para celebrar o 25 de Novembro, Francisco Assis, entre os «antecedentes» daquela confrontação, volta a citar o que também chama de «cerco a Constituinte».

E eu, que já abordei, creio que consistentemente, o assunto há 19 anos, só venho dizer que sei muito bem que é uma batalha perdida mas se houver um só cidadão abaixo dos 60 anos que fique esclarecido com a minha insistencia já valeu a pena.

Por isso, a todos os que usam a expressão «cerco da Constituinte», aqui renovo o velho desafio contido nestas passagens:
«(...)
Não se trata obviamente  de negar nem a inserção da manifestação na aguda confrontação social e política da época nem muito menos de ignorar que, na decorrência deste conflito entre trabalhadores e política do Governo, por efeito do radicalismo e da imponderação, quer o Primeiro-Ministro quer os deputados à Constituinte ficaram na prática impossibilitados de sair do Palácio de S. Bento, facto de que o PCP discordou (cf. comunicado de 13.11.75).


Mas esse facto real não pode transformar aquela concentração de trabalhadores nem num suposto “cerco à Constituinte” nem numa acção deliberadamente dirigida contra os trabalhos a que aquela Assembleia estava vinculada por mandato popular, ou seja elaborar uma Constituição para o Portugal libertado do fascismo.

E se não é assim, então que dêem um passo em frente todos os que, com recurso à ampliação das fotografias da concentração, forem capazes de provar que no mar de cartazes e panos, em vez de reivindicações socio-laborais ou de política geral, se encontra sim um oceano de invectivas contra a Assembleia Constituinte e de gritos de ódio contra a elaboração da Constituição.

Que dêem um passo em frente todos quantos forem capazes de contar (só inventando) quais foram então as tenebrosas reivindicações políticas que os manifestantes tenham dirigido aos deputados à Constituinte  ou ao seu Presidente. (...) »

E na altura deste post escreveu na sua caixa de comentários o dr. José António Barreiros:

«Na altura eu era Secretário do Conselho de Ministros, sendo primeiro-Ministro o almirante Pinheiro de Azevedo. Fiquei «cercado».É uma história longa, dará um «post» em qualquer ocasião. Assisti ao ir e vir da comissão negociadora, vi a betoneira que vedada a saída pela Rua da Imprensa, testemunhei por isso, que o alvo era o Governo não a Assembleia, a questão sindical não constitucional. Mais, quando da descida do helicóptero, devemos aos que ainda controlavam o «cerco» do lado dos manifestantes, terem conseguido suster o que poderia ter sido uma tragédia.
Tem pois razão o Vítor Dias. Esta é a verdade. 
»




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