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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O que se sabe do narcosubmarino carregado de droga encontrado na Galiza?

www.jn.pt 



São 148 fardos de cocaína, que representam 4,5 toneladas desta droga e muitos milhões de euros. 

O submarino, com 24 metros de comprimento, que no domingo encalhou na Galiza foi retirado das água do Atlântico na terça-feira. Trata-se de uma embarcação muito comum no tráfico de droga na América do Sul, mas detetada pela primeira vez na Europa.

O submarino já estaria a ser acompanhado pela Polícia Nacional, a Guardia Civil e o Serviço de Vigilância Aduaneira há três dias, quando passava ao largo de Portugal.

A droga teria como destino Finisterra, mas problemas com combustível terão feito com que o submarino encalhasse. Parou na ria de Aldán, em Pontevedra, e foi retirado do mar na terça-feira. No interior do submersível não havia qualquer elemento de navegação sofisticado, nem tão pouco um sonar. 

As autoridades apenas encontraram uma pequena bússola e uma espécie de leme no chão. Ainda assim, a tripulação terá conseguido atravessar o atlântico, num percurso ainda por explicar.

Da América do Sul para a Europa

As autoridades acreditam que o submarino tem origem na América do Sul. A opção mais forte continua a ser o Brasil. Em 2015, no meio da floresta amazónica, foi encontrada uma embarcação semelhante à que saiu da água na terça-feira. Mas há outras opções que não foram descartadas, como a Colômbia ou a Guiana Francesa.
Uma das poucas certezas é que se trata da primeira vez que um aparelho destes aparece nos radares das autoridades europeias. O analista HI Sutton, especialista em casos de defesa, analisou 160 incidentes a envolver este tipo de submarinos e nenhum deles foi reportado na Europa.

À Forbes explica que a maioria destes casos aconteceu entre a Colômbia e o México. Submarinos como o encontrado na costa espanhola costumam viajar milhares de quilómetros, mas "é difícil de contemplar uma viagem transatlântica numa embarcação tão pequena".
Tecnicamente, explica o analista, nem sequer pode ser considerado um submarino, mas, antes, um navio de baixo perfil. Isto significa que pode navegar em águas baixas, evitando ser detetado, mas que não pode submergir na totalidade.

Dois detidos e o fantasma de Minãnco

Até ao momento foram detidos dois homens de origem equatoriana. Luis Tomás e Pedro Roberto foram encontrados ainda no interior da embarcação cobertos por fuligem, uma camuflagem que não os escondeu da polícia. Estão detidos e são acusados de tráfico de droga. As autoridades acreditam que a bordo seguia mais uma pessoa, de origem galega, que terá fugido.
Sobre o destino, o jornal "La Voz de Galicia" escreve que seria a Ria de Arousa, sendo que, atualmente, existem apenas dois grupos com capacidade para investir mais de 100 milhões de euros em cocaína. 

As duas organizações na mira das autoridades nasceram, cresceram e desenvolveram-se naquela zona que tem como centro a Ilha de Arousa. São, de acordo com as autoridades locais, os herdeiros de Sito Miñanco, que, entre os anos 80 e os 90, fez entrar na Galiza toneladas de cocaína.

Segundo o jornal "El País", há vários anos que as autoridades espanholas suspeitavam da atividade de um suposto "narcosubmarino", a operar para uma rede de tráfico de droga nas Rias Baixas, que continua a ser uma das principais portas de entrada de droga, vinda da América do Sul, no continente europeu.











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