AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Proposta patronal coloca 80% dos trabalhadores do comércio com salário mínimo






 O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) exigiu hoje aumentos salariais de 90 euros em 2020, considerando que a proposta dos patrões colocaria 80% dos trabalhadores do setor a receber o salário mínimo.
Em comunicado hoje divulgado, este sindicato filiado na CGTP considerou “provocatória” a proposta da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) para aumento do salário dos trabalhadores especializados para 635,56 euros, a partir de 01 de dezembro deste ano.
A dirigente sindical Célia Lopes explicou à agência Lusa que este salário é apenas para “operadores especializados em topo de carreira” e que não abrange todos os restantes salários (incluindo trabalhadores como operadores de armazém), que termina em níveis de 600 euros (o atual valor do salário mínimo) e cujo salário progredirá depois em função do salário mínimo.
Se fosse aceite essa proposta da APED, disse, em 01 de janeiro de 2020, com o salário mínimo a subir para 635 euros mensais, "80% dos trabalhadores do setor" ficariam a receber o equivalente ao salário mínimo nacional.
Além disso, segundo o sindicato, esta proposta da APED está condicionada a que os sindicatos aceitem a introdução de um regime de banco de horas no Contrato Coletivo de Trabalho equivalente a 180 horas anual, o que considera que “tornaria a vida dos trabalhadores num inferno”.
Célia Lopes referiu ainda que a proposta implica o patrão poder definir como é usado o banco de horas (se paga as horas extra ou não, quando o trabalhador goza as horas que fez a mais ou mesmo se as goza antecipadamente ficando a dever horas de trabalho à empresa).
Esta proposta da associação patronal do setor abrangeria os trabalhadores das empresas que são filiadas na associação - cerca de 130 mil - explicou a dirigente, mas poderia aplicar-se a outros trabalhadores por portaria de extensão.
Os trabalhadores abrangidos são os das empresas de distribuição, grandes supermercados e cadeias de distribuição especializadas (como FNAC, Sport Zone, Toys R'Us, Ikea, Decathlon, Sacoor).
O CESP realiza hoje um plenário nacional de dirigentes, delegados e ativistas sindicais das empresas de distribuição, sendo que depois os participantes têm marcada uma concentração frente à sede da APED, em Lisboa, pelas 16h30.
IM // JNM
Lusa/Fim

Sem comentários: