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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Licenciados. Mulheres portuguesas ultrapassam meta da UE, homens ficam a meio caminho



observador.pt 


De novo, se apenas contassem os resultados das mulheres, Portugal tinha ultrapassado outra meta. Até 2020, a Europa pretende que a taxa de abandono escolar seja inferior a 10% entre os jovens (18—24 anos), valor que, em Portugal, está nos 11,8%. Entre as raparigas, a meta já foi batida e o abandono escolar está nos 8,7%. Entre os rapazes, o valor sobe para os 14,7%.

“Sabemos que as taxas de retenção são mais elevadas nos rapazes. Cerca de metade dos alunos do sexo masculino vai para as vias profissionais e também sabemos que, nessas, o acesso ao ensino superior está mais dificultado”, defendeu Maria Emília Brederode na apresentação do relatório.

Se o primeiro dado explica o abandono escolar dos rapazes, o segundo explica a baixa taxa que têm de conclusão de cursos superiores, sublinhou a presidente do CNE, lembrando que o organismo que dirige já emitiu um parecer sobre o acesso do profissional ao superior. Este tema, defendeu, deve ser alvo de debate, congratulando-se por haver novidades nesse sentido: na semana passada, o Governo garantiu pretender avançar com uma via própria de acesso para alunos do profissional, intenção que já vinha da anterior legislatura.

Apesar de não ter conseguido ainda descer dos dois dígitos, Portugal foi o país que, ao longo da década, mais reduziu a taxa de abandono, encontrando-se ainda no 22.º lugar do conjunto dos países da Europa a 28.

Outra meta da União Europeia que Portugal ainda não conseguiu alcançar é a da educação contínua. Até 2020, lembra o relatório, pelo menos 15% dos adultos deverá participar na aprendizagem ao longo da vida. 
Também aqui as mulheres estão à frente dos homens, mas não de forma tão significativa (média de 10,8% contra 9,8%).

As variações são diferentes consoante as faixas etárias, sendo que, tanto entre homens como mulheres, a participação em formação baixa com o avançar da idade. A maior diferença é na população dos 35 aos 44 anos, onde 13,2% das portuguesas participam na aprendizagem ao longo da vida, o que compara com 11,2% dos homens.

Em termos globais, em 2018, com uma média de 10,3%, Portugal ainda se encontrava a 4,7 pontos da meta traçada, um valor a que a própria UE28 não conseguiu chegar, estando a 3,9 pontos percentuais de distância (11,1%).
Neste indicador, Portugal está a meio da tabela, em 14.º lugar. Na Europa, diz o “Estado da Educação”, existe um comportamento muito díspar entre os 28 países: enquanto a Suécia quase duplica o valor deste objetivo, a Roménia não atinge sequer 1%.

Por cumprir está também a meta do emprego dos recém diplomados. Até 2020, pelo menos 82% da população (20—34 anos) que conclui um nível igual ou superior ao ensino secundário deverá encontrar emprego no espaço de 1 a 3 anos. 

Enquanto a média europeia (81,6% em 2018) tem vindo a aumentar desde 2013, Portugal, que também crescia desde 2012, diminui 0,1 pontos percentuais para 80,6%. Para este indicador não há valores diferenciados por sexo.

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