AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Assembleia Municipal do Porto chumba inversão do nome de Rosa Mota no pavilhão da discórdia




expresso.pt 

A Assembleia Municipal do Porto chumbou, esta segunda-feira, a recomendação da CDU para repor a decisão “inicialmente tomada” pelo executivo autárquico, há um ano, de alterar a designação do requalificado pavilhão do Palácio de Cristal, batizado pelo concessionário de Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota e contestado pela atleta por não ter o seu nome em primeiro plano.

Na opinião de Rui Sá, o que a Câmara do Porto decidiu foi que o nome de Rosa Mota figurasse na toponímia em primeiro lugar e não o branding da marca de cerveja, razão que levou o deputado da CDU a apelar à vereação para inverter a ordem do logótipo. 

A proposta acabou chumbada com 22 votos contra do grupo municipal 'Porto, o Nosso Partido', um do PSD e ainda cinco abstenções de deputados sociais-democratas.


O líder da Distrital do PSD do Porto e deputado Alberto Machado afirmou que para o partido “o assunto é estranho e absolutamente indiferente” que a renomeação surja de uma maneira ou doutra, defendendo que o fundamental é que “se perpetue o nome de Rosa Mota” no reabilitado Pavilhão dos Desportos “sem custos para o município”. À atleta, que confessou ter sido “enganada”, o deputado recém-eleito aconselhou-a a agir junto do concessionário, recusando a “chincana” política sobre o assunto no palco da Assembleia Municipal.


Posição diferente teve o deputado municipal Pedro Lourenço, do BE, que subscreveu a proposta da CDU por entender que a alteração da designação do pavilhão “não teve suporte legal”, advertindo a Câmara do Porto a corrigir a decisão: “O BE apela a que a Câmara Municipal do Porto corrija um erro que está a tempo de ser corrigido”.

Também o socialista Pedro Braga Carvalho garantiu que o acordo firmado não tem “validade jurídica”, dado que “qualquer alteração teria de ser aprovada pela Câmara”. “O que hoje se vê na fachada do pavilhão é uma violação da designação, por o nome de Rosa Mota figurar em ordem inversa”, acrescentou o deputado municipal, lembrando que o PS votou contra o branding mas não contra a concessão da requalificação a privados por ser “inegável a necessidade de obras” há muitos anos.

Deputado independente arrasa “folhetim”

Raul Almeida do grupo municipal 'Porto, o Nosso Partido' não poupou nas críticas à oposição, em especial ao PS, alertando que pela primeira vez, em 31 anos, a graça de Rosa Mota figura na fachada do pavilhão que, em 1988, Fernando Cabral, então presidente da autarquia, prometeu dar o nome da campeão olímpica da maratona, em Seul.
O deputado municipal titulou a discórdia de “novela de folhetim por capítulos”, criticando o “choque” da atleta por ver o seu nome associado a uma bebida alcoólica. Segundo Raul Almeida, não teve esse “complexo” quando aceitou pertencer à “Confraria da Cerveja” da Unicer ou promover na ponte aérea da TAP “o Vinho do Porto” e ainda se associou à Corrida do Vinho do Bombarral.


O deputado independente disparou, então, uma série de questões a visar a gestão socialista da era Fernando Gomes e da vereadora Manuela de Melo, que abandonou a Comissão da Toponímia da cidade, na passada semana, contra a subalternização de Rosa Mota no logótipo do pavilhão. “Onde estava o nome da atleta no pavilhão desde 1988? O cargo prometido de embaixadora do Porto foi criado? Nunca. E onde fica a rua que seria batizada com o nome de Rosa Mota?”, perguntou Raul Almeida, respondendo que ninguém sabe porque não existe.


O Expresso tentou contactar Rosa Mota após a inauguração do equipamento a que não compareceu, tendo o marido da atleta, José Pedrosa, referido que qualquer desenvolvimento sobre o assunto será divulgado por escrito ou em conferência de imprensa, em momento oportuno.

Sem comentários: