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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

ALGARVE - TAVIRA - Jovem muçulmana impedida de entrar em jogo de basquetebol por não querer mostrar os braços




observador.pt 

O caso aconteceu no último fim de semana, num jogo entre o Clube de Basquetebol de Tavira e o Imortal Basket Clube (que terminou com a vitória do Imortal Basket Clube). 

Fatima Habib foi impedida de entrar em campo por estar a usar uma camisola de manga comprida por baixo do equipamento oficial do clube. Segundo o JN, a equipa de arbitragem do jogo não aceitou o argumento de que a religião da jovem a impedia de mostrar os braços — além das pernas e da cabeça, que estavam cobertas com collants e lenço, respetivamente — e, por isso, obrigou-a a abandonar o campo.


Ainda segundo a publicação, Fatima ainda sugeriu a hipótese de arregaçar as mangas para poder continuar em campo, mas sem sucesso.


Os regulamentos da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) foram alterados há dois anos, de modo a acomodar as necessidades de alguns jogadores muçulmanos que cobrem a cabeça e o corpo. Com a alteração passou a ser permitido cobrir a cabeça, braços e pernas embora com regras claras.


A cobertura de cabeça, lenço islâmico ou hijab, pode ser utilizada desde que não cubra “inteiramente ou parcialmente qualquer parte da cara (olhos, nariz, lábios, etc.)” e não represente qualquer perigo para os restantes jogadores em campo. Para as pernas e braços os requisitos são os mesmos: é permitido usar meias ou mangas de compressão, com a condição de terem que ser “pretas, brancas ou da cor dominante dos calções da equipa” (que ficam coladas ao corpo e não dão para puxar) e, caso haja vários jogadores a utilizar, a cor tem que ser igual em todos.


Segundo o treinador da equipa que Fatima Habib integra, uma das árbitras já tinha anteriormente integrado equipas de arbitragem que apitaram jogos entre o Clube de Basquetebol de Tavira e outras equipas sem colocar impedimentos à roupa que a jovem vestia. 

Ao JN, André Pacheco justificou a atitude do último fim de semana com a presença de um “observador” na mesa de oficiais que poderá ter deixado os elementos da equipa de arbitragem sob maior pressão.


De acordo com André Pacheco, o clube está agora a ponderar uma “manifestação coletiva”, no próximo jogo, para expressar repúdio pelo que aconteceu com a jogadora da equipa na última jornada.

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