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Francisco de Goya foi um dos maiores pintores espanhóis da história. Em suas belas pinturas naturalistas, ele exprimia o tragicómico em situações e cenas melodramáticas. Confira 10 de suas obras.
Francisco de Goya foi um famoso pintor espanhol da escola do Realismo. Nasceu na cidade de Zaragoza, Espanha, em 1746. Faleceu em Bordéus, França, em 1828. Até hoje, ele é considerado amplamente um dos maiores mestres da pintura espanhola.
Goya iniciou sua carreira em artes plásticas com 13 anos de idade. Aprendeu o ofício por meio da observação e imitação, copiando pinturas de artistas famosos nos quais se inspirava.
Aos 18 anos ele foi morar em Madrid e, por pura aptidão, tentou ingressar na Academia de Belas Artes da cidade, porém, foi rejeitado duas vezes seguidas.
Com 25 anos o espanhol participou de um curso de arte em Parma, na Itália, tendo sido a principal revelação do evento. Três anos depois, ele casou-se com uma mulher chamada Josefa Bayeu, com a qual teve muitos filhos, embora apenas um tivesse sobrevivido até a fase adulta.
Em suas belas pinturas, Goya retratou mitologia, religião, guerras, irracionalidade, apocalipse, homens e mulheres, e também deuses, chacais, demónios e feiticeiras provindas dos confins de sua mente criativa e inquieta. Nas obras, seguia um estilo tragicómico como sugerido pela lírica de Dante, em que unia o cómico e o trágico em fusão melodramática.
A transmissão de sentimentos era algo sempre objectivo para Goya, o que ele fazia em pinturas que expressavam emoções diversas: alegria, dor, êxtase, medo, felicidade, sofrimento, solidariedade, angústia e compaixão, à variedade. Sua pintura é rica em contradições e cinestesias humanas, e a abordagem aplicada é realista, naturalista e impressionista.
De acordo com alguns analistas de arte, o método artístico de Goya é psicológico e social em um primeiro nível, caminhando para a profunda indagação da natureza humana em toda sua profundidade. Em algumas obras, o obsceno é dissecado, e o erótico por vezes é desvendado.
A partir de sua mente, e como uma extensão, Goya penetrava na mente dos personagens que retratava, e também deixava ser invadido por eles. Sua inquietude e inventividade pulsantes lhe proporcionavam momentos de lucidez que beiravam a clarividência, o que, com certo esforço, pode-se notar em vislumbres de suas obras.
Na elaboração de pinturas, Goya fazia observações em que "a invenção e a fantasia não têm finalidade", mas isso não lhe confere necessariamente uma alcunha de utópico ou lunático, apesar de muitos terem-no considerado um completo louco desvairado.
O espanhol era apaixonado por espectáculos, especialmente touradas.
O assistir do touro e sua fúria incandescente lhe era estimulante e exprimia uma violência que acompanhava seu espírito, como um pesadelo.
De fato, é sabido que seu génio era sombrio, e ficou ainda mais aturdido no ano de 1792, aos 75 anos de idade, quando ele perdeu completamente a audição devido à uma severa enfermidade, a qual também lhe paralisou temporariamente alguns movimentos, além de ainda causar-lhe uma cegueira parcial.
Abalado e não provisoriamente deturpado, Goya passou a expressar em suas obras o grotesco e sobrenatural, e às vezes, o mortal e o mórbido.
Além da pintura, Goya dominava também a arte da gravura. Sua técnica nesse caso era bem caracterizada como satírica dos costumes e vícios sociais, e ridícula aos mitos e superstições populares sobre bruxaria e misticismo. Todavia, um outro lado das gravuras de Goya é baseado no horror e na crueldade, como em imagens de violência e guerras, nas quais ele aplica minúcia e subtileza em traços negros, cinzentos e frios.
Goya ainda é motivo de inúmeras controvérsias no mundo artístico, algo perceptível e evidente em suas pinturas. Confira abaixo algumas delas:
O Cometa
Os Fuzilamentos de 3 de Maio
A Nevada
As Bruxas
Colosso
O Guitarrista Cego
O Nascimento da Virgem
2 de Maio de 1808
Enterro em Sardina
O Tribunal da Inquisição
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