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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Parlamento admite criar nova porta para a "pocilga" de André Ventura


www.jn.pt


O CDS não quer o único eleito do Chega a atravessar-lhe a bancada. Os centristas contestam a distribuição de lugares na ala mais à direita da Assembleia da República (AR), defendendo que não há nenhum grupo parlamentar que vá ter um deputado de uma força política diferente no meio dos seus deputados, como será o caso do CDS. A solução pode passar pela abertura de uma porta para André Ventura.
Das duas propostas de Ferro Rodrigues, presidente da AR, para a distribuição das forças políticas e que colocou à análise dos vários partidos, os centristas contestam ambas.
De acordo com a súmula da última conferência de líderes parlamentares, a que o JN acedeu segunda-feira, o centrista Telmo Correia, cuja bancada passou de 19 para cinco deputados, queixou-se por o Chega ficar no meio do CDS e sugeriu a terceira fila para Ventura. Lembrou que no acesso à sala, tendo em conta o corrimão existente, Ventura tem de pedir passagem aos centristas.

PEV e PCP dão mão ao CDS

Todos os partidos reconheceram razão ao CDS, tendo sido o PEV - com o apoio do PCP - a sugerir a abertura de uma porta junto ao corrimão onde se senta o Chega. Ferro admitiu fazer-se tal obra, mas já não a tempo do arranque dos trabalhos.
O PCP queixou-se também de uma espécie de "enclave" do PS na sua futura bancada. Os socialistas acertaram, então, em trocar cadeiras com os comunistas. Mais complicado está a solução para o Iniciativa Liberal (IL), que se quer sentar entre o PS e o PSD. Mas a bancada laranja só está disponível para ver o deputado do IL encostado ao CDS.


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