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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Mercadona já tem mais 14 inaugurações em agenda






Os espanhóis da Mercadona abriram esta terça-feira, no Porto, o seu sexto supermercado em Portugal, já com o calendário pronto para mais quatro inaugurações até ao final do ano, novas lojas em construção e mais 8 projetos no pipeline até ao final de 2020.


As próximas três aberturas serão a sul do Douro, em Ovar (21 de novembro), S. João da Madeira (28 de novembro) e Vila Nova de Gaia (3 de dezembro). A 12 de dezembro será a vez de Braga e as etapas seguintes no calendário da cadeia de distribuição espanhola passam pelo antigo matadouro de Aveiro e pela antiga fábrica têxtil Sá de Ermesinde, sendo já certo que haverá uma segunda loja em 2020 no centro da cidade de Aveiro. 

As inaugurações seguintes seguirão rumo ao sul, sem esquecer o norte, designadamente Viana do Castelo.
Os números oficiais do grupo referem um investimento de €160 milhões em Portugal ente 2016 e 2018, a que juntam mais €100 milhões em 2019. Elena Aldana, diretora de Assuntos Europeus e de Relações Externas Portugal da Mercadona não avança novos valores, mas admite, ao Expresso que “os números reais no final do ano podem ser superiores a estes”.


E qual o balanço dos primeiros meses de operação no país, depois da inauguração da primeira loja, em Gaia, no início de julho? “Muito positivo”, garante Elena Aldana sem avançar números da operação nem qualquer projeção de resultados.
“Os nossos objetivos neste momento não estão direcionados para as vendas nem para a quota de mercado. Estamos a estrear-nos na internacionalização, num mercado novo onde ainda temos poucas lojas e onde nos apresentamos com um modelo diferenciador. Estamos a afinar a oferta no sentido de responder aos pedidos do consumidor, de nos adaptarmos à realidade portuguesa. Estamos focados na expansão, nas inaugurações, na formação, na gama que oferecemos”, justifica.

Seguir os consumidores

Certo é que a procura dos consumidores já permitiu perceber que a Mercadona tem de reforçar a oferta de artigos espanhóis. A empresa passou 3 anos a estudar os gostos dos portugueses, assumindo a aposta de “ser portuguesa em Portugal”, mas a experiência tem mostrado que os clientes pedem mais artigos de Espanha, o que obrigou a mexer no sortido sem perder a relação próxima mais mais de 300 fornecedores lusos, muitos dos quais também já vendem nas lojas da insígnia em Espanha.


Quanto às promoções, prática habitual nas cadeias de distribuição a operar no país, a Mercadona continua a recusar entrar por esse caminho. “Isso desvaloriza o produto”, defende Elena Aldana, adiantando, no entanto que a retalhista “está a afinar alguns preços em baixa”, em função da procura, dos ganhos de eficiência, da competitividade e da escala. Vinho, pão, azeite e ovos estão entre os artigos já abrangidos pela descida dos preços, mas “pode haver mais produtos”.


Relativamente às secções do supermercado que estão a ter mais sucesso em Portugal, a Mercadona confirmou as expetativas que tinha para a perfumaria, também “uma estrela em Espanha”, mas junta mais duas áreas: confeitaria/padaria e peixaria.
Nos objetivos para Portugal, o presidente da Mercadona, Juan Roig Alfonso definiu à partida como meta chegar às 150 lojas nos próximos anos e entrar em Lisboa em 2021.


Líder no sector do retalho alimentar em Espanha, onde tem 1.636 lojas e uma quota de mercado de 25%, correspondente a vendas na ordem dos 24 mil milhões de euros, o grupo tem atualmente 1.100 trabalhadores em Portugal, tendo criado 85 empregos na nova loja que marca a sua estreia na cidade do Porto, com 1.900 m2 de área de venda e 150 lugares de estacionamento.


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