A investigação das autoridades espanholas acredita que Catarina, tal como o marido, Alejo Moredo, ajudaram o pai deste a esconder a fortuna obtida através de um esquema de corrupção em transações comerciais internacionais. A grande lesada terá sido a empresa pública de petróleos da Venezuela, país onde o pai de Alejo foi embaixador.
De resto, Raúl Moredo, hoje com 84 anos, também foi antes disso embaixador de Espanha em Portugal, de 1995 a 1999. O filho Alejo e Catarina Loureiro conheceram-se por essa altura no nosso país, tendo casado na Quinta Patiño, em Cascais, cerimónia que contou com a presença de algumas das mais altas figuras do Estado e da economia portuguesa: o pai do noivo, Raúl, homem de confiança de José Luís Zapatero, foi próximo de Mário Soares, Cavaco Silva, Belmiro de Azevedo ou Durão Barroso
O embaixador foi, inclusive, condecorado pelo presidente Jorge Sampaio com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo – distinção que pode agora perder face à investigação em que é o principal suspeito. Na operação da polícia espanhola, Raúl Moredo não foi detido atendendo à sua idade avançada, ao contrário do filho Alejo, da nora Catarina e de mais um casal próximo de Alejo. Os detidos acabaram por sair em liberdade, mediante a obrigação de apresentações às autoridades e a proibição de se ausentarem de Espanha.


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