Milhares de trabalhadores da Administração Pública participaram esta sexta-feira, em Lisboa, na manifestação nacional convocada pela Frente Comum para respostas do Governo às suas reivindicações.
Da Praça do Marquês de Pombal até às proximidades da residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, milhares de funcionários da Administração Pública estiveram hoje nas ruas da capital a gritar palavras de ordem, como «Basta de congelamento, queremos o nosso aumento».
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN), promotora da manifestação, afirmou ser «lamentável» que o Executivo do PS, apesar de ter todas as condições políticas para uma «mudança efectiva» na «melhoria das condições de vida e de trabalho na Administração Pública», tenha optado ao invés por uma estratégia de tentar colocar «trabalhadores contra trabalhadores».
A ideia foi reforçada esta tarde pela coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, que sublinhou aos jornalistas que o Governo «tem todas as condições» para dar uma resposta concreta às exigências dos trabalhadores do Estado, devendo por isso voltar à mesa para negociar «de forma séria».
A Frente Comum tem exigido negociações com o Governo relativas ao caderno reivindicativo para 2019, no qual exige aumentos salariais para todos, num mínimo de 60 euros para as remunerações mais baixas e 4% para as restantes, em oposição ao aumento discriminatório imposto pelo Governo, que mantém o congelamento desde 2009 para mais de 600 mil trabalhadores.
Outras reivindicações passam pela revisão da Tabela Remuneratória Única, a contagem de todo o tempo de serviço para o efeito das progressões, a reposição e valorização das carreiras, a regulamentação do suplemento de insalubridade, risco e penosidade, bem como o fim da precariedade no Estado e a conclusão do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública.
Questionada sobre o chumbo hoje no parlamento da recuperação integral do tempo de serviço congelados aos professores, Ana Avoila frisou que o Governo «não ganhou a guerra», considerando ser «uma etapa» num processo para o qual os trabalhadores vão «lutar até ao fim, até conseguirem o seu objectivo».
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