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segunda-feira, 27 de maio de 2019

O plano inclinado em que se encontra o governo do SYRIZA não tem fim – no dia 9 de maio assinou o que constitui a declaração máxima do anticomunismo


Partido Comunista da Grécia (KKE)

... o fascismo não é um inimigo da UE; não foram poucas as vezes que a UE apoiou fascistas e organizações similares para desempenharem papéis diferentes; o inimigo são os povos, o inimigo é o sistema socialista, o inimigo são os Partidos Comunistas, os movimentos operários e populares. Por esta razão tentaram durante todos estes anos apagar a memória coletiva o dia da Vitória Popular Antifascista, o dia 9 de maio, e transformá-lo no dia da Europa.


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No dia 9 de maio de 2019, os chefes de Estado da UE, incluindo Alexis Tsipras, assinaram em Sibiu, na Roménia, numa cimeira informal, a chamada declaração do Conselho Europeu. Com isto, os “liberais” e “social democratas”, “conservadores” e “progressistas” confirmaram mais uma vez a podridão dos “valores fundadores” da UE dos monopólios. E, o que é mais grave, a declaração assinada no 74.º aniversário da Grande Vitória Antifascista dos Povos é também um outro monumento ao anticomunismo. Desde a primeira linha, mostra quão hipócrita  é a preocupação dos governos como o do SYRIZA com a “ascensão da extrema-direita”. “Justificando” toda a narrativa que alimenta o fascismo, afirma: “Há trinta anos, milhões de pessoas lutaram pela sua liberdade e unidade e demoliram a Cortina de Ferro”!
É isso  que vocês são, o plano inclinado não tem fim”, declarou o deputado do KKE Ioannis Giokas da tribuna do parlamento, denunciando a declaração anticomunista da UE e o facto de o Primeiro-ministro a ter assinado, adotando “toda a propaganda do imperialismo depois da II Guerra Mundial, a propaganda do McCarthysmo contra a luta dos povos, o movimento e o sistema socialistas. Toda a propaganda que se desenvolveu com a extrema-direita como ponta de lança”. O governo do SYRIZA pôs a sua assinatura na propaganda que mandou os militantes do nosso país para as prisões, o exílio e os esquadrões da morte.
  1. Giokas salientou que a Declaração foi assinada no Dia da Vitória Antifascista dos Povos, facto a que não se fez referência, “porque o fascismo não é um inimigo da UE; não foram poucas as vezes que a UE apoiou fascistas e organizações similares para desempenharem papéis diferentes; o inimigo são os povos, o inimigo é o sistema socialista, o inimigo são os Partidos Comunistas, os movimentos operários e populares. Por esta razão tentaram durante todos estes anos apagar a memória coletiva o dia da Vitória Popular Antifascista, o dia 9 de maio, e transformá-lo no dia da Europa”. Sublinhou ainda que a assinatura do Primeiro-ministro de “esquerda” apareceu nesta Declaração ao lado de gente como Kurz, Orban e Merkel e de outros políticos de extrema-direita contra os quais seria suposto ele combater.
Comentando o argumento do governo de que a UE se afastou dos seus valores fundadores nos últimos anos e que isso pode ser corrigido, Giokas referiu que os valores fundadores da UE são o anticomunismo, a barbárie, a exploração dos povos e as guerras. “Todos vocês estão no carro da UE, veículo dos EUA e da NATO”, disse ainda, acrescentando que “esta Declaração da UE mostra quem tem medo; um ‘espectro continua a assombrar a Europa’ e nós faremos tudo o que pudermos para que estes medos se tornem realidade. Vocês estão do lado da Santa Aliança contemporânea”.
O deputado do KKE deixou ainda claro que, a 9 de maio, o  seu partido celebra a bandeira vermelha com a foice e o martelo erguida sobre o Reichstag e, “uma vez que o senhor Primeiro-ministro e o seu governo se juntaram ao campo do anticomunismo e da distorção da história”, deixou uma fotografia no lugar de Tsipras para que “ele possa ver o que celebramos no dia 9 de maio”.


Tradução do inglês de TAM

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