O comissário e mandatário do PSD, Carlos Moedas, respondeu ao desafio ontem feito pela CDU - Coligação Democrática Unitária, sobre o Programa-Quadro de Investigação da UE, o agora chamado “Horizonte Europa”.
Respondeu fugindo à questão, como já tinha feito antes, na resposta que divulgou e que segue abaixo.
A questão fundamental é que Portugal, entre 2007-2013, foi um contribuinte líquido deste programa, ou seja, pagou mais do que recebeu, ou seja, andou a financiar a ciência dos países mais ricos.
A pergunta que colocámos a Moedas foi: e desde 2014, como estamos? Moedas fugiu à questão da forma que se vê. Acrescentou que lamenta que os deputados da CDU tenham sido os únicos a votar contra o “Horizonte Europa”, que concitou apoios do CDS ao BE.
Convém salientar que os deputados do PCP apresentaram inúmeras propostas de alteração ao regulamento do programa, prevendo, entre outras coisas, a garantia de uma alocação mínima de recursos por país, evitando a excessiva concentração de recursos nos grandes países, que se verifica; impedir que verbas do programa possam ser utilizadas para fins militares; corrigir o enviesamento do programa para o “mercado”, que acaba por concentrar parte importante dos recursos em grandes multinacionais. As nossas propostas foram rejeitadas.
O “Horizonte Europa” mantém os aspectos negativos acima mencionados e outros.
Mas não desistimos de lutar por um programa para a Ciência que seja diferente, que promova a convergência e não a divergência, que dê maior atenção à investigação fundamental e à investigação pública e que se centre em fins inteiramente pacíficos. Não nos conformámos, como outros, com o “Horizonte Europa” proposto pelo comissário e mandatário do PSD, Carlos Moedas.
E esta é só mais uma boa razão para votar CDU no domingo.
Sem comentários:
Enviar um comentário