ÀS ORDENS - imprecação de um cidadão
Senhoras e senhores do Conselho da Ordens Nacionais - e, de caminho, das Ordens Militares e das Ordens de Mérito Civil: atribuí medalhas, comendas, cruzes, colares e bandas a quem quiserdes.
Dai-as ao costureiro da senhora do presidente; ao general de opereta cujo mérito é, as mais das vezes, mandar os outros ser heróis; dai-os ao primo da tia da cunha; aos tartufos dos corredores do poder; ao pato bravo que financia a campanha do senhor ministro, esse grande filho da Pátria; ofendei com as vossos escolhas aqueles poucos que mereceram e merecem as distinções que distribuís com pródiga generosidade e suposto desinteresse.
Mas não nos maceis. Não nos tenteis convencer de nada. Poucos de nós, penso, dão um cêntimo para a questão das medalhas do Joe.
E vós, banqueiros rapaces, políticos corruptos, gestores vampiros, corja da parasitas, ficai com as medalhas, colares, faixas e penduricalhos vários. Mas devolvei os milhões e recolhei às prisões. Isso sim, far-nos-ia razoavelmente felizes. Não porque nos mova a vontade de vingança, mas porque nos preocupa a higiene do futuro.
E vós, banqueiros rapaces, políticos corruptos, gestores vampiros, corja da parasitas, ficai com as medalhas, colares, faixas e penduricalhos vários. Mas devolvei os milhões e recolhei às prisões. Isso sim, far-nos-ia razoavelmente felizes. Não porque nos mova a vontade de vingança, mas porque nos preocupa a higiene do futuro.
Aqueles que por obras valorosas receberam, com todo o merecimento, as distinções, que me perdoem. Mas, afinal, são eles os mais agravados.
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