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domingo, 3 de março de 2019

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO





Muitas vezes o relacionamento que temos com certas pessoas chega ao limite, desgasta-se porque a conveniência, o egoísmo, a cegueira ideológica, não permite que haja qualquer tipo de entendimento.

Logo, se não o há, para quê perdermos tempo com quem por experiência já sabemos que falar com essas pessoas é dar "pão de ló a burros" ?


Pessoas que só veêm o seu umbigo, pessoas com dualidades várias, as que vulgarmente dizemos que "tanto dobram como repicam" pessoas a quem a razão não lhes interessa, e só os seus pontos de vista têm que ser levados em conta são altamente prejudiciais para a nossa sanidade e entendimento.

Mesmo que tenhamos tido ou ainda exista algum afecto por essas pessoas, ele acabará por morrer pois na minha opinião não é possível viver uma vida inteira com quem nunca aceita as nossas razões, as nossas sugestões mesmo quando são justas, razoáveis e são expostas com transparência e honestidade.

Portanto sem grande estardalhaço o melhor é ir-se afastando e assim evitar maiores dissabores no futuro.
Há quem carregue um mundo dentro de si, um mundo que não admite interrogações, explicações, ou qualquer crítica mesmo que construtiva, um mundo onde as verdades de X nunca combinam com as de Y e isso é feito de maneira sistemática com masoquismo, com indiferença e até asco..

A distância é benéfica em muitos casos, e até pode curar o doente. As coisas poderão voltar ao normal o que na minha opinião é difícil quando o desentendimento é constante e não respeita os valores da solidariedade, do fraterno, da justiça, e da liberdade.


António Garrochinho

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