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Feira gastronómica dedicada ao cordeiro assado com arroz no alguidar realiza-se desta sexta-feira até domingo, em Pias, Monção, e é um chamariz turístico.
Um monumento à foda dá as boas-vindas a Pias, em Monção.
A peça, em frente à igreja, acompanha com uma placa onde se lê que foi inaugurada em 2018 pelos autarcas de Monção e Pias, o grão-mestre da confraria da dita, com a bênção do reverendíssimo padre da freguesia.
É que a obscenidade que alguns evitam pronunciar (que mais não é que cordeiro assado em caçarola de barro), tem levado o nome de Pias aos quatro cantos do Mundo, por causa da feira gastronómica, cuja terceira edição ali se realiza entre hoje e domingo.
"Vim de propósito para a feira da coisa. A palavra não é bonita, mas "bah oui" não tenho vergonha de dizer: vim para a feira da foda", disse Carminda Pombo, uma emigrante da terra em França há 38 anos.
"Venho desde o primeiro ano. Gosto do prato, do arroz com a foda e do ambiente, e é um orgulho por ser na minha freguesia", comenta, recordando que se habituou a ouvir os avós e pais a falar no famoso mercado, que mais não é do que uma feira de rês com mais de 350 anos caída em desuso.
Há três anos, o então presidente da Junta relançou-a. Formou a Confraria da Foda, de que é grão-mestre, e associou-a ao cordeiro assado no forno com arroz no alguidar, típico de Monção. O prato que o povo batizou como "foda" acabou por transformar a feira num verdadeiro acontecimento.
"Temos expectativas muito altas, porque as pessoas continuam a vir. Já temos 15 excursões marcadas", diz Agostinho Correia, considerando que, à margem da gastronomia, vinhos e animação, o segredo do sucesso tem quatro letras. "F.O.D.A., que também significa Feira Ovina do Antigamente.
O nome, a nível de marketing, é muito bom", resume, garantindo que em Pias o facto de o vernáculo estar exposto numa peça à entrada da aldeia não traz mal ao mundo. "Foi benzida pelo padre", diz.
Nesta terceira edição, a feira decorrerá num recinto com o dobro da área do ano passado, onde vão ser servidos 220 cordeiros assados, com 10 a 12 quilos cada, fornecidos por cinco produtores do concelho. A dose para degustação custa 10 euros.
Ana Correia e o marido, Fernando Pedreira, donos do café "Encontro", em Pias, que servem a dita por encomenda todo o ano, abastecerão o evento. Têm a postos dois fornos a lenha, que recebem cinco animais de cada vez. "O segredo da foda é o forno bem quente, um bom animal e uma boa calda", descreve Ana. Já o marido brinca: "Como dizíamos antigamente: já meteste a fodiola ao forno?".
Sal na forragem ou uma barrigada de cordeiro assado?
Agostinho Correia, grão-mestre da Confraria da Foda, diz sobre a origem da dita: "A feira é que tem este nome, porque as pessoas deitavam sal na forragem dos animais para os engordar e vender por melhor preço. Uma semana depois, os animais emagreciam para metade e quem os comprava exclamava, à boa maneira minhota: que grande foda!".
Mas o povo também diz que, empanturrados de cabrito, alguns maridos diriam à mulher que o prato seria melhor que a dita.
Um monumento à foda dá as boas-vindas a Pias, em Monção.
A peça, em frente à igreja, acompanha com uma placa onde se lê que foi inaugurada em 2018 pelos autarcas de Monção e Pias, o grão-mestre da confraria da dita, com a bênção do reverendíssimo padre da freguesia.
É que a obscenidade que alguns evitam pronunciar (que mais não é que cordeiro assado em caçarola de barro), tem levado o nome de Pias aos quatro cantos do Mundo, por causa da feira gastronómica, cuja terceira edição ali se realiza entre hoje e domingo.
"Vim de propósito para a feira da coisa. A palavra não é bonita, mas "bah oui" não tenho vergonha de dizer: vim para a feira da foda", disse Carminda Pombo, uma emigrante da terra em França há 38 anos.
"Venho desde o primeiro ano. Gosto do prato, do arroz com a foda e do ambiente, e é um orgulho por ser na minha freguesia", comenta, recordando que se habituou a ouvir os avós e pais a falar no famoso mercado, que mais não é do que uma feira de rês com mais de 350 anos caída em desuso.
Há três anos, o então presidente da Junta relançou-a. Formou a Confraria da Foda, de que é grão-mestre, e associou-a ao cordeiro assado no forno com arroz no alguidar, típico de Monção. O prato que o povo batizou como "foda" acabou por transformar a feira num verdadeiro acontecimento.
"Temos expectativas muito altas, porque as pessoas continuam a vir. Já temos 15 excursões marcadas", diz Agostinho Correia, considerando que, à margem da gastronomia, vinhos e animação, o segredo do sucesso tem quatro letras. "F.O.D.A., que também significa Feira Ovina do Antigamente.
O nome, a nível de marketing, é muito bom", resume, garantindo que em Pias o facto de o vernáculo estar exposto numa peça à entrada da aldeia não traz mal ao mundo. "Foi benzida pelo padre", diz.
Nesta terceira edição, a feira decorrerá num recinto com o dobro da área do ano passado, onde vão ser servidos 220 cordeiros assados, com 10 a 12 quilos cada, fornecidos por cinco produtores do concelho. A dose para degustação custa 10 euros.
Ana Correia e o marido, Fernando Pedreira, donos do café "Encontro", em Pias, que servem a dita por encomenda todo o ano, abastecerão o evento. Têm a postos dois fornos a lenha, que recebem cinco animais de cada vez. "O segredo da foda é o forno bem quente, um bom animal e uma boa calda", descreve Ana. Já o marido brinca: "Como dizíamos antigamente: já meteste a fodiola ao forno?".
Sal na forragem ou uma barrigada de cordeiro assado?
Agostinho Correia, grão-mestre da Confraria da Foda, diz sobre a origem da dita: "A feira é que tem este nome, porque as pessoas deitavam sal na forragem dos animais para os engordar e vender por melhor preço. Uma semana depois, os animais emagreciam para metade e quem os comprava exclamava, à boa maneira minhota: que grande foda!".
Mas o povo também diz que, empanturrados de cabrito, alguns maridos diriam à mulher que o prato seria melhor que a dita.
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