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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Freitas do Amaral defende Ricardo Salgado - O antigo líder do CDS considera que Carlos Costa e Passos Coelho fizeram de tudo para tirar Ricardo Salgado da liderança do BES e pede que se use da "presunção de inocência" relativamente ao bancário.



www.sabado.pt




O antigo líder do CDS considera que Carlos Costa e Passos Coelho fizeram de tudo para tirar Ricardo Salgado da liderança do BES e pede que se use da "presunção de inocência" relativamente ao bancário.


Diogo Freitas do Amaral, ex-líder do CDS e candidato à Presidência da República em 1986, escreveu um artigo onde critica os "ataques" a Ricardo Salgado sem "novos factos, sem provas, sem qualquer argumento" e deixa um ataque ao Banco de Portugal, Carlos Costa e Pedro Passos Coelho.


Segundo o fundador do CDS, estas novas críticas vêm apenas "bater em quem foi atirado ao chão", uma "atitude muito feia", como escreve num artigo de opinião publicado no jornal Público.


No artigo de opinião publicado esta quarta-feira, Freitas do Amaral questiona, retoricamente, se Ricardo Salgado, acusado de dezenas de crimes de corrupção no âmbito da Operação Marquês, foi o único culpado de toda a situação do Banco Espírito Santo.


Relembra Freitas do Amaral que o Grupo Espírito Santo era coordenado por uma "holding", a Espírito Santo International (ESI), que elegia um Conselho de Administração, presidido "pelo comandante Ricciardi". Lembra ainda que Manuel Fernando Espírito Santo e José Manuel Espírito Santo desempenhavam papéis de relevância dentro do GES. "Se algo correu mal, nalguns destes vários órgãos, a responsabilidade é dos seus titulares, e não de um único indivíduo", afirma o centrista que foi ministro em vários Governos nacionais.
Como lembra o historiador, Ricardo Salgado "foi eleito e reeleito, como presidente executivo do BES, durante mais de 22 anos seguidos" sem nunca ter "contra si uma moção de censura, nem sequer um voto contra", lembrando ainda que o último aumento de capital do BES, em Junho de 2014, foi um sucesso, o que revela que um mês antes da resolução, havia no mercado de capitais uma enorme confiança no BES.


Freitas do Amaral apela ainda a que se cumpra com o "comportamento democraticamente correto" que "é acatar a "presunção de inocência", estabelecida na nossa Constituição de 1976 e, muito antes dela, na Declaração Universal dos Direitos Humanos".
O erro político de deixar falir o BES


O historiador, no mesmo artigo de opinião afirma ainda que foi um erro o governo de Passos Coelho (em coligação com o CDS), "deixar falir o BES", lembrando que na mesma altura, nos EUA "se investiram milhares de milhões, sob proposta dos reguladores ao governo norte-americana, a fim de salvar da falência bancos, companhias de seguros e grandes empresas, nomeadamente da indústria automóvel".


Freitas do Amaral considera que ao deixar cair o BES e o Novo Banco "para não sobrecarregar mais os contribuintes", o Governo de Passos Coelho condenou os portugueses a terem de "pagar muito mais do que se tivesse havido um apoio público ou mesmo uma recapitalização".


É ainda referido que o Banco de Portugal e o seu governador, Carlos Costa, cometeram erros graves nos oito meses que precederam a queda do BES. De acordo com o entendimento de Freitas do Amaral, Carlos Costa não divulgou ter recebido informação de existência de dificuldades/irregularidades no BES em finais de Novembro de 2013 "a pedido de Passos Coelho, para não prejudicar a "saída limpa" de Portugal do programa da troika".


Na opinião de Freitas do Amaral, Carlos Costa e Passos Coelho não queriam a destruição do BES, mas queriam, com certeza, "levar Ricardo Salgado a demitir-se e colocar no seu lugar um primo dele, ex-presidente do Banco de Investimento do grupo".

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