No dia 23 de Junho de 1894, na Sorbonne, no coração de Paris, delegados de nove países: Bélgica, França, Reino Unido, Grécia, Itália, Rússia, Espanha, Suécia e Estados Unidos, fundam o Comité Olímpico Internacional (COI). Nascia, neste dia, os Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Os primeiros Jogos Olímpicos, que na Antiguidade reuniam a cada quatro anos os gregos em torno de grandes competições atléticas pacíficas, tinham desaparecido catorze séculos antes, depois de mais de mil anos de existência. Porém, a sua lembrança mantinha-se bem viva na juventude ocidental, moldada pela cultura clássica.
Foi um jovem de família abastada, o barão Pierre de Coubertin, quem teve a ideia de ressuscitá-los, conferindo-lhes uma dimensão planetária. Nascido em Paris, em 1863, numa família burguesa, católica e monárquica, Coubertin estava predestinado ao ofício das armas, mas preferiu a pedagogia. Desportista, praticou o boxe, equitação, remo e esgrima.
Foi um jovem de família abastada, o barão Pierre de Coubertin, quem teve a ideia de ressuscitá-los, conferindo-lhes uma dimensão planetária. Nascido em Paris, em 1863, numa família burguesa, católica e monárquica, Coubertin estava predestinado ao ofício das armas, mas preferiu a pedagogia. Desportista, praticou o boxe, equitação, remo e esgrima.
Ele descobriu em Inglaterra a prática de desportos em conjunto com os estudos e a formação das elites, e ficou maravilhado. Logo apresenta um projecto de renovação do sistema francês de ensino : A Reforma Social. A ideia de que o desporto tinha o condão de contribuir para o florescimento da personalidade e a formação do carácter era evidente. No entanto, muitos médicos e educadores a ele se opunham em nome da saúde e da disciplina.
Numa primeira conferência na Sorbonne, Coubertin adianta a decisão de "internacionalizar o desporto" a partir de 25 de Novembro de 1892. Tinha então somente 29 anos. Promoveu o seu projecto a ferro e fogo até à criação oficial do COI. Atribuiu a si próprio a missão de recriar os jogos antigos, evitando os excessos do profissionalismo que acabou por distorcer a sua finalidade original.
Numa primeira conferência na Sorbonne, Coubertin adianta a decisão de "internacionalizar o desporto" a partir de 25 de Novembro de 1892. Tinha então somente 29 anos. Promoveu o seu projecto a ferro e fogo até à criação oficial do COI. Atribuiu a si próprio a missão de recriar os jogos antigos, evitando os excessos do profissionalismo que acabou por distorcer a sua finalidade original.
O comité elegeu simbolicamente um primeiro presidente grego na pessoa de Demetriou Vikelas e decidiu organizar os primeiros jogos em Atenas. A partir de 1896, Coubertin assumiria a presidência e esteve na mesma até 1925, antes de se tornar presidente de honra do COI.
Ele conseguiu ver aceite a sua ideia de que os Jogos se desenrolassem cada vez numa cidade distinta. Após Atenas deveria vir Paris em 1900. O barão esperava que os Jogos fossem estimulados pela realização concomitante da Exposição Universal, mas as suas esperanças foram vãs.
Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna tiveram lugar em Atenas de 6 a 15 de Abril de 1896. Reuniram 241 atletas representando 14 nações e 43 provas em 9 disciplinas. As delegações mais numerosas foram as da Grécia, França, Alemanha e Grã-Bretanha. A cerimónia de abertura teve a assistência de mais de 50 mil pessoas. Os participantes deveriam ser amadores, salvo os praticantes de esgrima, atraídos pela "beleza do desporto" e de modo algum pelo dinheiro.
Para o barão Coubertin, como para a maioria dos seus contemporâneos, era evidente também que as mulheres não teriam lugar nas competições : "Uma olimpíada feminina seria impraticável, desinteressante, anti-estética e incorrecta (...) , Os Jogos devem estar reservados aos homens, o papel das mulheres é sobretudo o de coroar os vencedores", disse. Todavia, a partir de 1900, em Paris, elas obteriam o direito de participar de algumas provas, como ténis, golf.
Para o barão Coubertin, como para a maioria dos seus contemporâneos, era evidente também que as mulheres não teriam lugar nas competições : "Uma olimpíada feminina seria impraticável, desinteressante, anti-estética e incorrecta (...) , Os Jogos devem estar reservados aos homens, o papel das mulheres é sobretudo o de coroar os vencedores", disse. Todavia, a partir de 1900, em Paris, elas obteriam o direito de participar de algumas provas, como ténis, golf.
A interdição de profissionais estava inscrita na Carta Olímpica. Em 1913, o norte-americano Jim Thorpe viu-se obrigado a restituir as suas medalhas de ouro do pentatlo e do decatlo conquistadas no ano precedente em Estocolmo. Só em 1981 foi votada a supressão da referência ao amadorismo na Carta Olímpica.
Aos poucos, o barão impôs a sua concepção de desporto como meio de desenvolvimento individual e instrumento de coesão social. E conseguiu, acima de qualquer expectativa. O desporto e os próprios Jogos Olímpicos viriam a ser estimulados pelos governantes ávidos de preparar a juventude para os seus deveres cívicos e militares, de tal sorte que nos Jogos de Berlim em 1936, sob o patrocínio do Führer, os valores dos jogos conviveram com o culto do super-homem tal como praticavam os nazis.
Os Jogos Olímpicos conheceriam ainda numerosas afrontas ligadas ao contexto político do momento – México, Munique, Moscovo, Los Angeles – mas conseguiram superar os obstáculos por força da esperança que persiste em todos os homens de boa vontade, que defendem a paz, a fraternidade e o fairplay.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Barão Pierre de Coubertin
Cartaz dos Jogos da I Olimpíada da Era moderna, Atenas , 1896
Os membros do Comité Olímpico Internacional
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