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quarta-feira, 27 de junho de 2018

27 de Junho de 1942: O grupo de resistência anti-nazi, Rosa Branca, inicia a sua acção


 

A partir de 27 de Junho de 1942, nas caixas de correio de grandes cidades do sul da Alemanha e da Áustria, começaram a ser distribuídos panfletos contra o regime nazi pelo movimento de resistência "Weisse Rose".

O Rosa Branca (Weisse Rose), actuante em Munique e em Hamburgo, foi o movimento de resistência de jovens alemães mais conhecido durante o Terceiro Reich. O seu núcleo era formado por universitários de 21 a 25 anos de idade, entre ele os irmãos Hans e Sophie Scholl, Alexander Schmorell, Willi Graf e Christoph Probst.

Os panfletos, que começaram a ser distribuídos nas caixas de correio de intelectuais dos grandes centros na Baviera e na Áustria, condenavam a resistência passiva contra a guerra e a opressão intelectual pelos nazis. Os textos revelavam o alto nível cultural dos seus redactores e apelavam a valores religiosos.

Nos quatro primeiros panfletos, distribuídos entre 27 de Junho e 12 de Julho de 1942, foram usados em profusão trechos apocalípticos da Bíblia. Os dois últimos folhetos, entretanto, tiveram um estilo completamente adverso. Em linguagem directa, apresentavam planos concretos para a Alemanha pós-guerra, dirigindo-se a todas as camadas da população.

A morte de 300 mil alemães na batalha de Estalinegrado, em Fevereiro de 1943, representou uma reviravolta na Segunda Guerra Mundial. A primeira derrota alemã alimentou a resistência em todas as cidades europeias ocupadas pelos nazis e ao mesmo tempo chocou a população do país.
 
A estratégia  do grupo Rosa Branca era redigir os textos em máquinas de escrever, copiá-los e enviá-los pelo correio a partir de cidades diferentes.

Descobertos enquanto depositavam as suas mensagens nos corredores do prédio principal da Universidade de Munique, os irmãos Hans e Sophie Scholl foram presos pela Gestapo, a polícia política de Hitler.

Foram julgados no dia 22 do mesmo mês. Em pouco mais de três horas de julgamento, foram condenados à morte e executados no mesmo dia. Os demais membros do grupo de resistência Rosa Branca de Munique foram executados após julgamentos sumários, entre Abril e Outubro de 1943.

O objectivo dos panfletos era abalar a confiança dos alemães no Führer, despertar ao menos um mínimo de dúvidas sobre a veracidade da propaganda feita pelo regime e alimentar eventuais células de resistência no próprio povo alemão. O movimento surgiu menos de uma ideologia política e mais da indignação com a forma como os alemães aceitavam o nazismo e a guerra feita em seu nome.

A coragem dos membros do Rosa Branca ficou conhecida em toda a Alemanha ainda no decorrer da Segunda Guerra. O escritor Thomas Mann reconheceu os seus méritos publicamente, numa entrevista transmitida pela BBC no dia 27 de Junho de 1943. Reproduções do último panfleto da resistência estudantil, feitas na Inglaterra, foram lançadas pelos aviões britânicos sobre território alemão.

Durante o segundo semestre de 1943, a Gestapo descobriu em Hamburgo um grupo de resistência que divulgava os panfletos do movimento de Munique. Dos 50 participantes, oito universitários foram condenados à morte: Hans Konrad Leipelt, Greta Rothe, Reinhold Meyer, Frederick Gaussenheimer, Käte Leipelt, Elisabeth Lange, Curt Ledien e Margarete Mrosek.
Fontes: DW
wikipedia (imagens)

Sophie Scholl.jpg
 Sophie Scholl , 1942

Monumento em homenagem ao movimento " Rosa Branca" em Munique


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