Na cidade de Koblenz, Marine Le Pen reuniu-se em cimeira com os seus parceiros populistas de outros países da UE e pediu aos europeus para que “acordem” depois dos toques a despertar que foram o brexit e a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas. “O mundo anglo-saxónico acordou em 2016. Este será, tenho a certeza, o ano do despertar dos povos da Europa continental”, sublinhou ontem Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional francesa, na cidade alemã de Koblenz, onde estiveram reunidos numa “contracimeira europeia” os partidos de extrema-direita que formam no Parlamento Europeu o grupo Europa das Nações e da Liberdade (ENF, na sigla em inglês).
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A extrema direita europeia está a impor-se, não por mérito próprio, que não tem, mas por desmérito dos partidos socialistas e sociais-democratas e dos partidos conservadores e liberais, que, em alternância cúmplice, governaram e governam a Europa, desde o fim da 2ª Guerra Mundial, e que,ao juntarem-se, em incontida euforia, na construção do projecto europeu, também terão, conjuntamente, de dividir entre si as responsabilidades do seu respectivo fracasso.
Este crescimento da extrema-direita deve-se essencialmente ao desencanto dos europeus, que se sentiram defraudados pelas políticas de classe, concebidas e aplicadas para fazer crescer, principalmente, o grande capital, atirando a Europa para o fosso de uma grande crise, que já dura há sete anos, e sem que se possa vislumbrar o seu fim, o que é desesperante.
Alexandre de Castro
2017 01 22
Via: Alpendre da Lua http://bit.ly/2jdH95s
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