A ministra que tutela as polícias sublinha que o número de agentes "é superior ou mesmo muito superior à média da OCDE".
Constança Urbano de Sousa admite, no entanto, que pode existir "uma má gestão desses recursos". Dá como exemplo "vários polícias a realizar algumas tarefas que na realidade não deveriam ser eles a realizar".
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Foi com base neste diagnóstico que a ministra da Administração Interna traçou como objetivo libertar para trabalho operacional perto de 600 agentes hoje afetos às messes, tanto da PSP como da GNR. O DN noticiava há duas semanas que, destes agentes, só 50 estarão em condições de fazer patrulhas.
Em entrevista esta manhã na TSF, a governante explicou que "muitos desses agentes que realizam tarefas que não são de polícia como tirar cafés, ou servir às mesas, ou descascar batatas numa cozinha, e que podem ser realizadas por outra pessoa, não vão diretamente da cozinha ou da messe para a rua. Podem ir da cozinha para um serviço menos exigente sob o ponto de vista físico, como fazer notificações ou outro trabalho administrativo e aquele polícia jovem que está a fazer esse trabalho administrativo, esse sim, pode ir para a patrulha".
A ministra confirmou também que o nível de alerta face à ameaça terrorista se mantém e que há novos dispositivos de segurança à semelhança do que acontece noutros países. Constança Urbano de Sousa diz que as forças "estão atentas, vigilantes" numa postura preventiva.
Escutado pela TSF, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, admite que uma reorganização da PSP poderá ajudar a pôr cobro às necessidades que hoje são sentidas um pouco por todas as esquadras.
O dirigente da maior associação sindical de polícias diz que esta reorganização é urgente e deixa uma proposta: a polícia deve deixar de ter algumas das competências que hoje lhe são atribuídas.
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