Enquanto as almas mais histéricas de Bruxelas lançavam violentas jaculatórias contra os ingleses, que tinham decidido – e não de um dia para o outro – abandonar a galé, o pequeno sultão de Ancara, Recep Erdogan colocava a Turquia a ferro e fogo depois de um golpe militar que parece encenado numa má república sul-americana. Fechou 29 casas editoras (e cerca de 20 jornais e televisões), despediu 40 mil professores, milhares de jornalistas, sem deixar de embolsar algum pagamento que as mesmas almas histéricas europeístas lhe deixam à porta para que controle as fronteiras com a Síria e o Iraque. É um bom negócio. Entre os presos está a romancista Asli Erdogan (há já 3 semanas); um abaixo assinado, que é encabeçado por Olivier Rolin e Patrick Deville, circula por Bruxelas, mas as almas da burocracia europeia têm o correio lacrado. De que vale ser europeu se a Europa for uma galé governada por merdosos que hesitam em ter voz, seja contra a Venezuela, seja contra a Turquia? A Turquia não é para lá da a China, caso tenham dúvidas. É ao virar da esquina e estão-se nas tintas para os estados de alma europeus.
Na coluna do CM.
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