Um dos promotores da iniciativa é do empresário Alexandre Patrício
Gouveia. João Salgueiro, ex-banqueiro e antigo presidente da
Associação Portuguesa de Bancos, é outra das figuras associada a
esta iniciativa, que ainda estará numa fase embrionária
Associação Portuguesa de Bancos, é outra das figuras associada a
esta iniciativa, que ainda estará numa fase embrionária
O objetivo dos impulsionadores do manifesto é de que, pelo
menos, 50 personalidades portuguesas, entre empresários e
economistas, subscrevam o documento.
menos, 50 personalidades portuguesas, entre empresários e
economistas, subscrevam o documento.
Patrício Gouveia foi igualmente um dos promotores do manifesto, há
10 anos, designado "Compromisso Portugal", que defendia a
manutenção dos centros de decisão no nosso país.
João Salgueiro também questionou recentemente a venda do Banif
aos espanhóis do Santander e considerou que o negócio "merece e
merecia ter sido melhor explicado".
10 anos, designado "Compromisso Portugal", que defendia a
manutenção dos centros de decisão no nosso país.
João Salgueiro também questionou recentemente a venda do Banif
aos espanhóis do Santander e considerou que o negócio "merece e
merecia ter sido melhor explicado".
Foi Marques Mendes quem revelou ontem, na SIC, a preparação
do documento sobre um assunto que tem agitado a política
portuguesa nos últimos dias e que tem provado reações da direita
à esquerda.
A ameaça da "espanholização" dos bancos nacionais, com a
consequente transferência para Madrid das decisões sobre os
financiamentos aos vários setores atividade da economia
nacional, levaram a uma concertação entre Marcelo Rebelo de Sousa
e António Costa. Sem hostilizar Espanha, o objetivo é produzir
orientações de visão a longo prazo para travar a concentração da
banca num único país estrangeiro, ajudando a encontrar soluções
para as necessárias recapitalizações.
do documento sobre um assunto que tem agitado a política
portuguesa nos últimos dias e que tem provado reações da direita
à esquerda.
A ameaça da "espanholização" dos bancos nacionais, com a
consequente transferência para Madrid das decisões sobre os
financiamentos aos vários setores atividade da economia
nacional, levaram a uma concertação entre Marcelo Rebelo de Sousa
e António Costa. Sem hostilizar Espanha, o objetivo é produzir
orientações de visão a longo prazo para travar a concentração da
banca num único país estrangeiro, ajudando a encontrar soluções
para as necessárias recapitalizações.
As maiores confederações de patrões, dos setores empresarial,
industrial, comercial e serviços, agrícola, do turismo, da construção
e do imobiliário, também manifestaram a sua preocupação. Bruno
Bobone, presidente da Câmara de Comércio e Indústria, lançou
mesmo um repto aos empresários portugueses, desafiando-os a criar
um banco português ou a juntar capital para comprar uma instituição
bancária existente.
industrial, comercial e serviços, agrícola, do turismo, da construção
e do imobiliário, também manifestaram a sua preocupação. Bruno
Bobone, presidente da Câmara de Comércio e Indústria, lançou
mesmo um repto aos empresários portugueses, desafiando-os a criar
um banco português ou a juntar capital para comprar uma instituição
bancária existente.
Da parte dos protagonistas políticos, foi Marcelo Rebelo de Sousa
quem deu primeiro a cara pelo acordo de Queluz, quando, na sua
visita a Espanha, fez declarações sobre o risco de domínio espanhol
na banca em Portugal. "É importante haver uma participação
significativa, o que é diferente de haver um exclusivo.
É uma posição de fundo. Nenhuma economia deve ter uma posição
exclusiva noutra economia", frisou.
quem deu primeiro a cara pelo acordo de Queluz, quando, na sua
visita a Espanha, fez declarações sobre o risco de domínio espanhol
na banca em Portugal. "É importante haver uma participação
significativa, o que é diferente de haver um exclusivo.
É uma posição de fundo. Nenhuma economia deve ter uma posição
exclusiva noutra economia", frisou.
No sábado, o Expresso noticiou que António Costa e a empresária
angolana Isabel dos Santos, para ultrapassar o impasse no
BPI, reuniram-se em Lisboa e terão conciliado posições com o grupo
financeiro espanhol La Caixa, com a filha do Presidente de Angola
a vender a sua participação no BPI aos espanhóis e o BPI a ceder
as suas ações do banco angolano BFA a capitais angolanos.
O líder da oposição, Pedro Passos Coelho, exigiu explicações a
Costa sobre a alegada "interferência" e nem Marcelo escapou às
críticas. "Não temos boa memória dos tempos em que os governos
e os primeiros-ministros se envolviam em processos societários que
não respeitam ao Estado, respeitam aos privados, e era muito
importante que houvesse um cabal esclarecimento dessa matéria",
afirmou em Vila Real.
angolana Isabel dos Santos, para ultrapassar o impasse no
BPI, reuniram-se em Lisboa e terão conciliado posições com o grupo
financeiro espanhol La Caixa, com a filha do Presidente de Angola
a vender a sua participação no BPI aos espanhóis e o BPI a ceder
as suas ações do banco angolano BFA a capitais angolanos.
O líder da oposição, Pedro Passos Coelho, exigiu explicações a
Costa sobre a alegada "interferência" e nem Marcelo escapou às
críticas. "Não temos boa memória dos tempos em que os governos
e os primeiros-ministros se envolviam em processos societários que
não respeitam ao Estado, respeitam aos privados, e era muito
importante que houvesse um cabal esclarecimento dessa matéria",
afirmou em Vila Real.
O presidente do PSD entende que esta ",não é uma matéria em
que o Governo se deva envolver. O primeiro-ministro não tem
competência nenhuma nesta matéria, nem o Presidente da
República, pela mesma ordem de razão".
que o Governo se deva envolver. O primeiro-ministro não tem
competência nenhuma nesta matéria, nem o Presidente da
República, pela mesma ordem de razão".
A controvérsia também mereceu a atenção de Jerónimo de Sousa, que
não perdeu a oportunidade para sugerir o "controlo público"
da banca, como a única solução para de poder "decidir
soberanamente sobre o nosso setor financeiro".
não perdeu a oportunidade para sugerir o "controlo público"
da banca, como a única solução para de poder "decidir
soberanamente sobre o nosso setor financeiro".
"Andam para aí notícias hoje onde se discute a questão do futuro
do BPI, se vai para os espanhóis, se vai para os angolanos, pois nós
queremos dizer que o problema não está no capital angolano, nem
no capital espanhol, ou seja de quem for, o problema é que
tratando-se da banca, temos que afirmar a nossa soberania", referiu.
do BPI, se vai para os espanhóis, se vai para os angolanos, pois nós
queremos dizer que o problema não está no capital angolano, nem
no capital espanhol, ou seja de quem for, o problema é que
tratando-se da banca, temos que afirmar a nossa soberania", referiu.
Catarina Martins, a porta-voz nacional do BE, questionada pelos
jornalistas, não quis comentar. Do CDS, o "silêncio" foi também
a resposta, embora fonte do partido o tenha explicado
como "propositado". "O partido não se mete nessa guerra.
São questões nacionais, não partidárias", sublinhou, demarcando-se
assim do PSD.
jornalistas, não quis comentar. Do CDS, o "silêncio" foi também
a resposta, embora fonte do partido o tenha explicado
como "propositado". "O partido não se mete nessa guerra.
São questões nacionais, não partidárias", sublinhou, demarcando-se
assim do PSD.
No congresso de há uma semana, Paulo Portas tinha, no
entanto, alertou quanto às análises de crédito e risco em relação
às necessidades das empresas portuguesas são diferentes caso
sejam feitas em Portugal ou em Espanha."Peço a todos que tenham
sentido estratégico na reestruturação do nosso sistema
financeiro, seria indesejável que ficássemos com um sistema
financeiro que se dividisse apenas entre Espanha de um lado e
Caixa Geral de Depósitos de outro",disse.
entanto, alertou quanto às análises de crédito e risco em relação
às necessidades das empresas portuguesas são diferentes caso
sejam feitas em Portugal ou em Espanha."Peço a todos que tenham
sentido estratégico na reestruturação do nosso sistema
financeiro, seria indesejável que ficássemos com um sistema
financeiro que se dividisse apenas entre Espanha de um lado e
Caixa Geral de Depósitos de outro",disse.
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