"Terá de haver alguma forma de punição", afirmou o candidato que está à frente nas primárias no Partido Republicano, em declarações proferidas num evento transmitido pela televisão MSBNC.
O pré-candidato republicano Donald Trump sugeriu, nesta quarta-feira (30), algum tipo de sanção às mulheres que abortarem, provocando duras críticas de defensores do direito a essa prática. "Logo quando você pensava que não poderia ficar pior".
Bernie Sanders veio em seguida e qualificou a declaração de Trump de "vergonhosa".
E até mesmo os adversários republicanos de Trump o criticaram, embora tenham adotado tons diferentes. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de proibição do aborto nos EUA pelo comentarista político Chris Matthews, da rede "MSNBC", o empresário deu uma resposta direta:
"Deve haver algum tipo de punição", disse Trump. "Trump não entende o posicionamento pró-vida porque ele não é pró-vida". O grupo antiaborto March for Life divulgou um comunicado dizendo que as mulheres devem "considerar vias terapêuticas, e não punição".
"Se o Congresso chegar a aprovar uma legislação que proíba o aborto e as cortes federais respaldarem essa lei, ou até mesmo se um estado proibir um aborto sob leis locais, o médico ou qualquer outra pessoa que realizar este ato ilegal em uma mulher deve ser responsabilizado, não a mulher", disse Trump.
"A mulher e a vida que ela leva em seu ventre são as vítimas deste caso". As declarações de Trump fazem parte de uma entrevista que será exibida esta quarta-feira pelo canal MSNBC.
"Como Ronald Reagan, eu sou pró-vida, com exceções, como já me referi inúmeras vezes", diz o comunicado. Em entrevista publicada no domingo pelo "The New York Times", o pré-candidato voltou a criticar a Otan e disse que cogitaria deixar o Japão e a Coreia do Sul construírem suas próprias armas nucleares em vez de dependerem dos EUA para se protegerem da Coreia do Norte e da China.
O aborto é legal nos Estados Unidos desde 1973.
olemejornal.com
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