O maior partido do Brasil anunciou esta terça-feira que vai deixar a coligação e o governo da presidente Dilma Rousseff.
O PMDB do vice-presidente Michel Temer demorou três minutos para decidir por aclamação deixar a base de apoio do governo de Dilma Rousseff. "Fora PT" e "Brasil, para a frente, Temer presidente", gritaram os deputados presentes na reunião.
A moção aprovada na reunião que decorreu em Brasília determina a entrega de todos os cargos ocupados por membros do PMDB no governo, bem como a instauração de um processo no Conselho de Ética do partido contra quem permanecer no cargo.
Esta decisão foi tomada após uma reunião entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, considerado pela Folha de São Paulo como o "último bastião" do "governismo" no PMDB.
Apesar dos apelos da presidente Dilma Rousseff e do antecessor, Lula da Silva, nomeado ministro da Casa Civil e suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal, o governo não conseguiu conter a debandada do PMDB que já se tinha materializado na demissão do ministro do Turismo, Henrique Alves.
O abandono do PMDB coloca em causa o futuro político de Dilma Rousseff, que enfrenta um processo legislativo com vista à sua demissão e precisava do apoio do seu principal parceiro de coligação no governo.
DN
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