Março está a valer à bolsa de São Paulo um ganho há muito não visto, significando a elevação para máximos desde Julho, depois de oito perdas nos últimos 12 meses.
O principal índice da bolsa de São Paulo está a ter o melhor mês desde 1999, registando uma subida de quase 20%, com os investidores a apostarem na destituição da Presidente e na recuperação da economia.
O Ibovespa, o principal índice da maior bolsa brasileira, em São Paulo, fechou terça-feira com uma valorização de 0,6%, contribuindo para a subida de 19,5% este mês, um ganho que só encontra paralelo em 1999, de acordo com a contabilização feita pela agência de notícias financeira Bloomberg.
O Ibovespa, o principal índice da maior bolsa brasileira, em São Paulo, fechou terça-feira com uma valorização de 0,6%, contribuindo para a subida de 19,5% este mês, um ganho que só encontra paralelo em 1999, de acordo com a contabilização feita pela agência de notícias financeira Bloomberg.
Na base desta subida estará a cada vez mais provável destituição da presidente, Dilma Rousseff, que na terça-feira viu o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), retirar o apoio ao Governo, deixando-o assim vulnerável quando chegar a altura da votação sobre o 'impeachment'.
Os bancos Bradesco e Itau Unibanco foram os que mais contribuíram para a subida da bolsa, uma boa notícia no meio de uma recessão de dois anos que pode chegar a valores acima de 3% por ano, e com o desemprego e a inflação na ordem dos 10%.
"A possibilidade de Rousseff sair é a esperança a que o mercado se está a agarrar", comentou Vitor Suzaki, um corretor na Lerosa Investimentos, em São Paulo, alertando para a volatilidade que se espera nas próximas semanas.
"Devemos assistir a um aumento da volatilidade, uma vez que o processo de destituição será longo e difícil", previu o analista.
O PMDB, principal aliado do PT da Presidente Dilma Rousseff, decidiu na terça-feira, numa curta reunião em Brasília, abandonar o Governo.
O encontro, no qual participaram mais de 100 membros do directório nacional do partido, era encarado como decisivo para o futuro do Governo de Dilma Rousseff, que enfrenta um processo de destituição da Presidência.
A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá, que substituiu o presidente nacional do partido e vice-presidente brasileiro, Michel Temer, segundo a Agência Brasil.
Numa decisão tomada por aclamação, o PMDB também decidiu que os ministros do partido deverão deixar o Governo e aprovou a instauração de processos no Conselho de Ética do partido contra quem permanecer nos cargos.
Segundo a imprensa brasileira, os parlamentares presentes na reunião, que teve lugar na Câmara dos Deputados, entoaram gritos como "Fora PT" e "Brasil, para frente, Temer presidente".
A possibilidade de Michel Temer assumir a Presidência, caso Dilma Rousseff seja destituída do cargo, torna-se mais provável depois desta decisão do maior partido brasileiro.
A imprensa brasileira tem dado conta de vários encontros entre elementos do PMDB e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), da oposição, para discutir um possível governo pós-destituição, em que Michel Temer assumiria a Presidência da República.
Sem comentários:
Enviar um comentário