Académio inglês, nasceu a 2 de julho de 1489, no condado de Nottinghamshire, vindo a falecer, por execução de pena capital, a 21 de março de 1556, em Oxford. Seguiu a carreira clerical, junto com o irmão mais novo, por ser um "filho segundo", sem direito nem hipótese de herdar o património de família (que mal dava para o irmão mais velho). Como era de condição baixa, de família pouco abastada, enveredou pelo sacerdócio. Entrou no Colégio de Jesus, em 1510, que viria a abandonar para se casar com a filha de um taberneiro da cidade, a qual morreria no parto. O jovem Cranmer pede a readmissão no referido Colégio, que a autoriza. Dedica-se, desde então, aos estudos de forma fervorosa. Em 1523 tomou ordens sacras (sacerdócio).
Uma praga obrigou o padre Thomas Cranmer a abandonar Cambridge, deslocando-se para Essex, onde a sua inteligência despertou a atenção do rei Henrique VIII, que o chama para a corte. Cranmer, que viria a ser capelão real, foi consultado na questão da possibilidade de divórcio do rei com Catarina de Aragão, sua esposa e rainha. Cranmer sugeriu que se consultassem as universidades europeias sobre o tema, tendo também consultado a Cúria Pontifícia, em Roma, aonde se deslocou na embaixada real para o efeito, em 1530. Em 1532, os seus bons ofícios junto do rei colocaram-no à frente de uma embaixada de Inglaterra junto do imperador germânico Carlos V, em Nuremberga, na Alemanha. Nesta sua estadia, tomou conhecimento aprofundado do movimento reformador luterano, vindo mesmo a privar com uma das suas figuras mais importantes, Andreas Osiander, que despertou imenso a atenção e interesse a Cranmer. Como o terá feito de igual modo a sobrinha deste, Margarida, com a qual o enviado do rei Henrique VIII se casaria pouco depois.
No ano seguinte, a carreira de Cranmer manteve grande fulgor, tendo sido designado arcebispo de Cantuária (Canterbury). Foi, todavia, obrigado a disfarçar o seu estado civil. Um dos primeiros atos do arcebispo Cranmer, depois de aprovado por Roma como prelado, foi a declaração de vacuidade e nulidade do casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, filha dos Reis Católicos de Espanha, o que prenunciava um feroz conflito com o papado e com uma das mais poderosas nações católicas da Cristandade. Quatro meses após a declaração de nulidade desse casamento, Henrique VIII contrairia núpcias com Ana Bolena (Anne Boleyn), a cuja família havia alguns anos estava ligado Thomas Cranmer, através de Thomas Boleyn, pai da nova rainha. Três anos depois, em 1536, esta ligação e amizade de nada valeram ao arcebispo Cranmer, que seguiu a vontade real ao declarar também nulo o casamento do rei com Ana Bolena. A ela se seguiram Anne de Cléves e depôs Catherine Howard, que conheceram o mesmo destino da mãe da futura rainha Isabel I, cujo padrinho de batismo foi precisamente o diligente Thomas Cranmer, então o maior especialista em divórcios régios. Henrique VIII protegeu-o até morrer, em 1547.
Uma praga obrigou o padre Thomas Cranmer a abandonar Cambridge, deslocando-se para Essex, onde a sua inteligência despertou a atenção do rei Henrique VIII, que o chama para a corte. Cranmer, que viria a ser capelão real, foi consultado na questão da possibilidade de divórcio do rei com Catarina de Aragão, sua esposa e rainha. Cranmer sugeriu que se consultassem as universidades europeias sobre o tema, tendo também consultado a Cúria Pontifícia, em Roma, aonde se deslocou na embaixada real para o efeito, em 1530. Em 1532, os seus bons ofícios junto do rei colocaram-no à frente de uma embaixada de Inglaterra junto do imperador germânico Carlos V, em Nuremberga, na Alemanha. Nesta sua estadia, tomou conhecimento aprofundado do movimento reformador luterano, vindo mesmo a privar com uma das suas figuras mais importantes, Andreas Osiander, que despertou imenso a atenção e interesse a Cranmer. Como o terá feito de igual modo a sobrinha deste, Margarida, com a qual o enviado do rei Henrique VIII se casaria pouco depois.
No ano seguinte, a carreira de Cranmer manteve grande fulgor, tendo sido designado arcebispo de Cantuária (Canterbury). Foi, todavia, obrigado a disfarçar o seu estado civil. Um dos primeiros atos do arcebispo Cranmer, depois de aprovado por Roma como prelado, foi a declaração de vacuidade e nulidade do casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, filha dos Reis Católicos de Espanha, o que prenunciava um feroz conflito com o papado e com uma das mais poderosas nações católicas da Cristandade. Quatro meses após a declaração de nulidade desse casamento, Henrique VIII contrairia núpcias com Ana Bolena (Anne Boleyn), a cuja família havia alguns anos estava ligado Thomas Cranmer, através de Thomas Boleyn, pai da nova rainha. Três anos depois, em 1536, esta ligação e amizade de nada valeram ao arcebispo Cranmer, que seguiu a vontade real ao declarar também nulo o casamento do rei com Ana Bolena. A ela se seguiram Anne de Cléves e depôs Catherine Howard, que conheceram o mesmo destino da mãe da futura rainha Isabel I, cujo padrinho de batismo foi precisamente o diligente Thomas Cranmer, então o maior especialista em divórcios régios. Henrique VIII protegeu-o até morrer, em 1547.
Mas não apenas de divórcios tratou Cranmer: juntamente com outro Thomas famoso, de seu apelido Cromwell, apoiou a tradução da Bíblia para inglês, escrevendo também litanias para a Igreja inglesa, ainda hoje em uso. No reinado de Eduardo VI (1547-1553), sucessor de Henrique VIII, assumiu a elaboração das modificações doutrinais para a nova Igreja de Inglaterra, em cisma com Roma, apoiando o tutor do jovem rei, Edward Seymour, duque de Somerset, na direção do reino e na caminhada para o Protestantismo. Foi ainda decisiva, por exemplo, a sua intervenção na concretização do livro base da doutrina anglicana, o Book of Common Prayer, em 1549 e em 1552, numa segunda edição, uma espécie de catequismo da igreja anglicana. Em 1553 compôs os chamados "42 artigos da religião".
Em 1553 morria prematuramente o jovem rei Eduardo VI, abrindo a luta pela sua sucessão, que se adivinhava pouco pacífica. Cranmer era uma das palavras decisivas em Inglaterra. Já ainda em vida do falecido rei, foi decisivo para a assunção ao poder do regente John Dudley, duque de Nortúmbria, depois da queda em desgraça de Edward Seymour. Agora, no vazio do trono, Cranmer apoiaria Jane Grey, nora de Dudley, para rainha. Três dias depois da morte de Eduardo VI, Jane Grey foi declarada rainha de Inglaterra, a 6 julho de 1553, reinando apenas 9 dias, pois foi forçada a abdicar pela meia irmã do falecido rei, a catolicíssima Maria Tudor (única filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, nascida em 1516), que reinaria até 17 de novembro de 1558. Entretanto Jane Grey, por ordem da rainha Maria Tudor seria executada a 12 de fevereiro de 1554.
Antes desta execução, a 14 de setembro de 1553, pouco tempo depois de ascender ao trono, Maria I Tudor mandou Cranmer para a prisão da Torre de Londres, acusado de traição e condenado à morte. Depois de um longo julgamento e prisão e de várias tentativas de se retratar, após ter sido obrigado a proclamar publicamente o erro de apoiar o Protestantismo, foi queimado vivo em público a 21 de março de 1556.
Em 1553 morria prematuramente o jovem rei Eduardo VI, abrindo a luta pela sua sucessão, que se adivinhava pouco pacífica. Cranmer era uma das palavras decisivas em Inglaterra. Já ainda em vida do falecido rei, foi decisivo para a assunção ao poder do regente John Dudley, duque de Nortúmbria, depois da queda em desgraça de Edward Seymour. Agora, no vazio do trono, Cranmer apoiaria Jane Grey, nora de Dudley, para rainha. Três dias depois da morte de Eduardo VI, Jane Grey foi declarada rainha de Inglaterra, a 6 julho de 1553, reinando apenas 9 dias, pois foi forçada a abdicar pela meia irmã do falecido rei, a catolicíssima Maria Tudor (única filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, nascida em 1516), que reinaria até 17 de novembro de 1558. Entretanto Jane Grey, por ordem da rainha Maria Tudor seria executada a 12 de fevereiro de 1554.
Antes desta execução, a 14 de setembro de 1553, pouco tempo depois de ascender ao trono, Maria I Tudor mandou Cranmer para a prisão da Torre de Londres, acusado de traição e condenado à morte. Depois de um longo julgamento e prisão e de várias tentativas de se retratar, após ter sido obrigado a proclamar publicamente o erro de apoiar o Protestantismo, foi queimado vivo em público a 21 de março de 1556.
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