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A floração dos bambus é um fenômeno intrigante, porque é uma ocorrência única e muito rara no reino vegetal. A florescência dos bambus acontece uma vez a cada 60 a 130 anos, dependendo da espécie. Esses longos intervalos permanecem em grande parte um mistério para os botânicos.
Estas espécies de florescência lenta exibem outro comportamento estranho: elas florescem todas ao mesmo tempo, em todo o mundo, independentemente da localização geográfica e clima, desde que os pés de bambu derivem da mesma planta mãe.
A maioria dos bambus são exatamente assim: uma "divisão da mesma planta mãe. Estas divisões foram re-divididas ao longo do tempo e compartilhadas em todo o mundo. Embora as divisões estejam agora geograficamente em locais diferentes, elas ainda carregam a mesma composição genética. Assim, quando um pé de bambu no, digamos, Brasil floresce, a mesma planta no Japão vai fazer o mesmo mais ou menos ao mesmo tempo. É como se as plantas tivessem um relógio circadiano interno tiquetaqueando até que o alarme ajustado soa simultaneamente. Este fenômeno de floração em massa é chamado de floração gregária.
De acordo com uma hipótese, a floração em massa aumenta a taxa de sobrevivência da população de bambu. A hipótese afirma que, inundando a área com seus frutos, ainda haverá sementes sobrando mesmo que os predadores comam até se fartar. Por ter um ciclo de floração maior do que o tempo de vida dos roedores predadores, os bambus podem regular as populações de animais, causando a fome durante o período entre os eventos de floração. A hipótese ainda não explica por que o ciclo de floração é 10 vezes maior que o tempo de vida dos roedores.
Uma vez que uma espécie de bambu atingiu sua expectativa de vida, floresceu e produziu sementes, a planta morre, acabando com faixas inteiras de florestas ao longo de um período de vários anos. Uma teoria é que a produção de sementes requer uma enorme quantidade de energia que estressa o bambuzeiro, de tal forma que acaba realmente morrendo. Outra teoria sugere que a planta mãe morre para dar espaço para as mudas.
Os eventos de floração em massa também atraem predadores, principalmente roedores. A súbita disponibilidade de frutos e sementes em grandes quantidades na floresta traz consigo dezenas de milhões de ratos famintos que se alimentam, crescem e se multiplicam em taxas alarmantes.
Depois de devorarem o fruto do bambu, os ratos começam a consumir as lavouras, tanto as armazenadas, quanto a dos campos. Um evento de floração do bambu é quase sempre sucedido por fome e doença em aldeias vizinhas. No estado de Mizoram no nordeste da Índia, o temido evento ocorre quase como um reloginho a cada 50 anos, quando a espécie de bambu Melocanna baccifera floresce e frutifica. O fenômeno, que ocorreu entre 2006 e 2008, ficou conhecido na língua local como mautam ou "morte de bambu".
Há um outro agravante no período da floração: a planta deixa de ser comestível representando uma grande ameaça para a sobrevivência dos pandas gigantes que se alimentam dela. A área montanhosa no centro da China testemunhou uma extensa floração de uma variedade de bambu favorita entre estes ursos, em 1984 e em 1987, quando centenas de animais morreram de fome.
Uma vez que uma espécie de bambu atingiu sua expectativa de vida, floresceu e produziu sementes, a planta morre, acabando com faixas inteiras de florestas ao longo de um período de vários anos. Uma teoria é que a produção de sementes requer uma enorme quantidade de energia que estressa o bambuzeiro, de tal forma que acaba realmente morrendo. Outra teoria sugere que a planta mãe morre para dar espaço para as mudas.
Os eventos de floração em massa também atraem predadores, principalmente roedores. A súbita disponibilidade de frutos e sementes em grandes quantidades na floresta traz consigo dezenas de milhões de ratos famintos que se alimentam, crescem e se multiplicam em taxas alarmantes.
Depois de devorarem o fruto do bambu, os ratos começam a consumir as lavouras, tanto as armazenadas, quanto a dos campos. Um evento de floração do bambu é quase sempre sucedido por fome e doença em aldeias vizinhas. No estado de Mizoram no nordeste da Índia, o temido evento ocorre quase como um reloginho a cada 50 anos, quando a espécie de bambu Melocanna baccifera floresce e frutifica. O fenômeno, que ocorreu entre 2006 e 2008, ficou conhecido na língua local como mautam ou "morte de bambu".
Há um outro agravante no período da floração: a planta deixa de ser comestível representando uma grande ameaça para a sobrevivência dos pandas gigantes que se alimentam dela. A área montanhosa no centro da China testemunhou uma extensa floração de uma variedade de bambu favorita entre estes ursos, em 1984 e em 1987, quando centenas de animais morreram de fome.
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Flores de bambu.
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Flor e fruto do bambu.
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Um rato preto no milharal devastado de um campo perto da vila Zamuang no nordeste se Mizoram.
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Crianças capturam ratos depois de uma temporada de floração de bambu na Birmânia.
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Espécie Fargesia nitida, em flor, acontece apenas uma vez a cada 120 anos.
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08
Floração de bambu.
http://www.mdig.com.br
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