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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste Leia mais em: A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste

A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste



















Os Choctaw, um povo nativo americano localizado no sudeste dos Estados Unidos, no atual território do Mississipi, foram os primeiros índios que sofreram o translado forçado, dissimulado de acordo amistoso, às reservas indígenas. Em 1830, o Congresso dos EUA aprovou o Tratado de Dancing Rabbit Creek, um projeto pessoal do presidente Andrew Jackson, que consistia na cessão dos 11 milhões de acres da nação Choctaw em troca de 15 milhões de acres no território da atual Oklahoma.














A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste



Quadro "Trilha de Lágrimas" de Robert Lindneux (1942).


Em princípio os chefes dos Choctaw mostraram reservas por ter que abandonar as terras de seus antepassados mas, ao final, foram obrigados a ceder, mas mesmo assim insistiram e conseguiram incluir uma cláusula no referido tratado:
"Cada pai família dos Choctaw que deseje permanecer em seus territórios e se tornar um cidadão dos Estados Unidos, poderá fazê-lo e terá direito à reserva de 640 acres de terra."
Os Choctaw se converteram então em dois grupos diferentes: a nação em Oklahoma, que conservou certa autonomia e seguiu regulando-se com suas próprias normas e tradições e a tribo do Mississipi, submetidos às leis do governo dos Estados Unidos.
A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste
Desta forma, a parte dos Choctaw que ficaram no Mississipi se tornaram primeiro grupo étnico não europeu a obter a cidadania americana. Uns 1.300 Choctaw escolherem esta última opção e uns 15.000 iniciaram a chamada "Trail of Tears" ("Trilha de Lágrimas"), uma marcha de mais de 800 km na qual quase 20% deles morreram de fome.
A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste
Uma família Choctaw que optou pela cidadania.


Em 1845, a 5.000 km de distância, acontecia a Grande Fome irlandesa. A ineficiente política econômica, os métodos inadequados de cultivo e, sobretudo, o aparecimento de determinadas doenças que destruíram a colheita de batatas, causaram uma grande mortandade entre os irlandeses: entre um e dois milhões de irlandeses morreram de fome.

As notícias da fome chegaram aos Estados Unidos e muitos emigrantes irlandeses trataram de ajudar seus compatriotas. Em 1847, 16 anos após terem sido eles mesmos vítimas da fome, os Choctaw se espelharam naquele sofrimento e deram um exemplo de solidariedade histórica.

A nação indígena, que mal tinha para custear suas necessidades e que nem sequer sabia onde localizar geograficamente a Irlanda, conseguiu juntar 750 dólares (uns 70.000 na atualidade) para ajudar às famílias irlandesas. A única coisa que ambos os povos tinham em comum era a fome... e a humanidade.
A história de um ato de solidariedade extrema no longínquo Oeste
Memorial da Grande Fome em Dublin, Irlanda.


Em homenagem a generosidade da nação Choctaw, um grupo de homens e mulheres irlandeses refez o "Trilha de Lágrimas" em 1992. Eles usaram a viagem para arrecadar fundos para o alívio da fome na Somália.
Fonte: Irish Central.


http://www.mdig.com.br

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