Este senhor, sabe-se lá por intermédio de que expediente, está a enviar esta mensagem, junto com o relambório em anexo, para centenas de milhares de caixas de correio de gente que não conhece, cujas base de dados não se sabe onde a conseguiu.
Sabe-se que é deputado desde o dia 23 de Outubro, e que escolheu trollar as caixas de correio alheias para se apresentar, mas seria importante alguém o confrontar com a invasão da privacidade. Se comprou a lista de mails quem a vendeu? Por quanto? Com que verbas? Se acedeu por via do seu estatuto de deputado como o fez? Em nome de quem? Qualquer dia acordamos com deputados da maioria, aos pés da cama, para dar os bons dias, se apresentarem e nos esvaziarem os porta-moedas. Tenham lá juízo.
Ler o relambório intrusivo em anexo:
“Cara cidadão,
No passado dia 23 de Outubro e com o quadro político que todos conhecemos, tomei posse como deputado na Assembleia da República em regime de substituição, ainda que por tempo indeterminado.
Todavia, é tempo de deixarmos de encarar a actividade política como matéria reservada apenas aos eleitos em eleições democráticas, bem como também é o momento de ultrapassar as diferenças ideológicas que por ventura nos separem, a bem do superior interesse nacional.
Desde que me conheço, que participo intensamente na vida da nossa comunidade. Quer pela via associativa, exercendo voluntariado, quer mais tarde através da acção partidária, com a necessária envolvência num partido político, que no meu caso é: o PPD/PSD.
Mas isso não pode jamais dificultar, que quer na qualidade de deputado ou na de cidadão informado, a todas represente e defenda, bem como caminhe no sentido a que todas tenham a mesma igualdade de oportunidades, para que possam fazer chegar os seus pontos de vista, as suas opiniões e a intervirem assim nesta dinâmica de diálogo permanente.
Esse diálogo não se esgota entre eleitos e eleitores, mas deve existir entre cidadãos portugueses interessados na vida do seu país, do seu distrito, do seu concelho ou mesmo da sua simples freguesia.
Convida-a a participar e a fazer ouvir a sua voz, auxiliando-me também desta forma, a cumprir com êxito a missão que desde sempre tenho abraçado.
Defendo uma política de proximidade, que a juntar ao insubstituível contacto pessoal, deve ter incidência nas novas tecnologias, onde o diálogo através das redes sociais e a utilização da comunicação via email, podem e devem ocupar um papel central nesta cidadania activa que perspectiva o futuro.
É tempo de deixarmos de lado as diferenças e de quem sabe por esta via, começarmos a mudança silenciosa de mentalidades que o nosso país e o mundo tanto precisam.
Visite ww.armandosoares.pt e escreva-me se tiver oportunidade.
Grato pela sua participação, conto consigo a bem de Portugal.
Armando Soares
www.lusopt.com
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