AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PCP CONDENA O DESPEDIMENTO DE 54 TRABALHADORES NO TERMINAL DE CONTENTORES DE SINES


Segundo a comunicação interna conjunta da CT, Sindicato e administração, entretanto tornada a público os despedimento são justificados com a conjuntura económica actual em resultado de nos últimos meses a empresa ter sido confrontada, com uma diminuição significativa no volume de exportações originárias no Far East.
O PCP relembra que segundo noticias já deste mês “a carga contentorizada movimentada no Porto de Sines nos 9 primeiros meses deste ano aumentou mais de 10% relativamente ao ano anterior” e que segundo a MSC, a principal operadora no terminal XXI, atingiu o 1 000 000 de TEUS transportados. “Este resultado “permite antecipar que face aos indicadores acumulados da nossa operação até agora, esperamos atingir volumes de movimentação em 2015 bastante acima dos registados o ano passado”.
É de relembrar também que a PSA anunciou no início deste ano o investimento de 40 milhões na expansão do Terminal XXI e a criação de mais 100 postos trabalho, com a presença “pomposa” do Primeiro-ministro Passos Coelho e também do presidente da Câmara Municipal de Sines sem que até ao momento tenha assumido uma posição pública sobre o despedimento destes trabalhadores.
Portanto, tudo indica que não é por questões económicas ou de conjuntura que estes despedimentos se realizam. Para o PCP, de acordo com as noticias conhecidas, não existem razões para os despedimentos em causa, pois os contratos dos trabalhadores não podem estar dependentes de um alegado cancelamento de uma escala de uma rota e os trabalhadores não podem ser os responsáveis pelo alegado cancelamento quando a empresa apresenta os resultados e previsões que são conhecidos.
Para o PCP estes despedimentos, prendem-se sim, com a sempre prioritária, necessidade de manutenção e até aumento dos lucros, recorrendo o patronato, à manutenção da precariedade laboral e aos salários baixos. Encostado às leis que a política de direita impôs no país, com o apoio do grande capital, argumentando sempre como os supremos interesses das empresas o patronato, recorre à arbitrariedade e á velha e estafada medida dos despedimentos. É relevar ainda que a PSA/Laborsines realiza estes despedimentos no momento em que têm mais 100 trabalhadores em formação prontos ou já em funções para substituir os que despede.
O PCP condena este despedimento colectivo, que joga mais 50 trabalhadores no desespero e na incerteza e solidariza-se com os trabalhadores do Terminal de contentores de Sines e apela a que os trabalhadores se organizem e lutem em defesa dos seus direitos, de forma a resistirem a este ou outros ataques futuros aos direitos dos trabalhadores e aos seus postos de trabalho.
Num momento em que o governo PSD/CDS, e os fazedores de opinião fazem eco, da pretensa retoma económica, do crescimento e da redução do desemprego, esta realidade a que se juntam tantas outras vem confirmar a falência da política de direita e necessidade de uma ruptura com o caminho de declínio nacional, de desemprego e de empobrecimento dos trabalhadores. Os trabalhadores, podem contar com o PCP, com a sua acção e intervenção, no cumprimento dos compromissos assumidos – nas últimas eleições para a Assembleia da República – com os trabalhadores e o povo, como o combate à precariedade, à defesa dos postos de trabalho, à valorização dos salários e a defesa da contratação colectiva.
É com a luta que, se resiste, é com a luta que se defende os postos de trabalho e os direitos.
Nesse sentido o PCP apela aos trabalhadores para que se unam e ajam na defesa dos seus postos de trabalho.
Sines, 29 de Outubro de 2015

Sem comentários: