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Porquê a Síria? Será que Bachar Al-Assad
é um sangrento criminoso como os media
relatam? Quem beneficia com esta guerra
absurda?
Primeiro, Bachar Al- Assad não "massacra" o seu povo.
Esta é uma frase vezes sem conta referida nos
media ocidentais. Nenhum dirigente quer
deliberadamente massacrar o seu povo.
Podem alguns matar algumas etnias, grupos
religiosos ou oponentes, mas nenhum quer
"matar o seu povo".
Na realidade trata-se de uma verdadeira guerra civil
em que uma parte é apoiada por potências estrangeiras
para promover uma guerra civil contra um
Estado outrora estável. Portanto não se trata de
uma guerra unilateral de Bachar Al-Assad contra o seu povo.
Segundo, o "povo" sírio é composto por uma
multitude de povos oriundos de várias comunidades.
Temos de esquecer o conceito ocidental de Estado
delimitado e definido de uma só comunidade.
Aqui trata-se de várias comunidades constituídas por
tribos e laços familiares complexos.
Os que lutam contra Bachar Al-Assad, apesar
de muitos quererem um sistema mais
democrático, estão sobretudo interessados em
conquistar o poder pelo poder e defendem
as suas comunidades. Muitos deste "revolucionários"
querem uma maior islamização da Síria.
Terceiro, o ocidente não está preocupado com a
suposta opressão do povo sírio, caso contrário teriam
muitos outros locais onde intervir e não o fazem porque
não querem, como a Arábia Saudita, o Barein, Angola ou o Iemen.
Esta inação em relação a certos países para os
salvarem de ditadores (convenientes) contrasta com
este caso da Síria e explica em parte os vetos da Rússia
e da China na ONU no que diz respeito a uma
intervenção militar directa, que ultimamente está a
mudar com a intervenção da Rússia.
Quarto, a guerra na síria instigada pelos Estados Unidos
não visa diretamente e unicamente a Síria, mas faz parte
de um plano maior de fazer frente à Rússia
(e também à China). Neste contexto, os islamistas
radicais foram financiados, armados e treinados
pelos Estados Unidos para desestabilizar esta região.
Estas desestabilizações permitiram a chegada ao
poder de islamistas mais ou menos radicais, mas
dóceis, colocados no poder após a "primaveras árabes"
como na Tunísia, Egipto ou Líbia.
Quinto, da mesma maneira que a ideia não foi
trazer a democracia nestes países supra-citados, os
Estados Unidos não pretendem instalar a democracia
na Síria. O objectivo é quebrar o crescente xiita
Irão-Líbano-Síria, com o apoio sunita da Arábia Saudita e
do Qatar.
Estas são, em parte, as razões da guerra na Síria, esqueçam
as razões humanistas de democracia.
octopedia.blogspot.pt
1 comentário:
Aqui deixo o meu Muito Obrigado ao meu amigo comprovinciano e camarada António Garrochinho,por êste texto bem esclarecedor da Pulhice Humana da parte do Tio Sam mafioso e flibusteiro que pretende dominar o Mundo inteiro e que tem o apoio dos Países da chamada União Europeia e que fazem parte da Horda mercenária da NATO da qual o Tio Sam é o seu Capitão-Mor.
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