A imagem revela-nos a dimensão dos estragos causados pelo mar na Praia do Farol, Ilha da Culatra. E quando dizemos estragos, não nos referimos a outros danos que não sejam, para já, a retirada da areia repulsada durante o Verão pela Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa, em obediência a um meia leca, feito ministro do ambiente.
Nada disto espanta, aliás era previsível que assim acontecesse embora não tão rápido. Bastaram dois meses para tudo voltar à estaca zero.
Normalmente, até por indicação da lei, este tipo de operações não devem ser executadas em período balnear, mas foi o que aconteceu, e não foi por acaso, com o dissemos na altura.
É que Jorge Moreira da Silva, o meia leca ministro, entendeu demolir todo o edificado na orla costeira desde que estivessem em zonas de especial apetência turística, como o são as ilhas barreira da Ria Formosa. Para isso tinha de correr com as pessoas, dificultando-lhes a vida, nomeadamente impedindo-as do uso balnear da praia, até por estes terem oferecido resistência às intenções demolidoras.
A repulsão dos dragados na Ria, alguns deles com contaminação, dita, vestigiaria, onde constavam metais pesados contidos nas lamas negras e nauseabundas retirados no sitio do Cais Comercial de Faro, afastou imensos veraneantes.
Na altura, deixando-se enganar por tão "generosa" oferta, alguns apoiaram as acções em curso, em lugar de lutar por uma intervenção mais duradoura, com menos impacto e de menores custos, como eram a criação dos recifes artificiais multi-funcionais. Esqueceram-se estes, que até para salvaguarda do edificado, que o tipo de intervenção não se deveria limitar à repulsão de areias quando já se sabia que era apenas uma questão de tempo até voltar tudo ao mesmo.
E que futuro aguarda os moradores da Praia do Farol?
Para alem de terem de viver com o espectro do que um vendaval maior possa vir a fazer se combinado com o preia-mar de maré viva, assistem a renomeação do meia leca para ministro, não restando duvidas quanto às suas intenções demolidoras, deixando-os atónitos e temerosos se o governo não for jogado pela borda fora.
Como se isso não bastasse, e porque parte dos moradores não só habitam como é à Ria que vão buscar o seu sustento, têm também de levar com a sinistra ministra do mar, que o quer entregar a mãos estrangeiras.
Não será demais lembrar, que se no Parlamento Nacional, PS, PSD e CDS estiveram de acordo na aprovação da Lei de Bases do Ordenamento Marítimo, que cria os mecanismos para a concessão de vastas áreas por períodos de cinquenta anos, os mesmos partidos, e sempre eles, aprovaram na Comissão Parlamentar de Pescas do Parlamento Europeu, a criação do Mar Europeu, que não é mais do que o nosso mar, para que as grandes potencias da pesca europeia possam desfrutar do nosso peixe, que depois seremos obrigados a comprar-lhes. Roubam-nos os recursos e depois vendem-nos.
Por tudo isso, entendemos que só a saída da União Europeia nos pode garantir algum futuro.
NÃO AO EURO!
NÃO À UE!
olhaolivre.blogspot.pt
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