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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Vitória esmagadora do “sim” no referendo de Donetsk Segundo comissão eleitoral, 89,07% votaram a favor da separação da Ucrânia e 10,19% contra.

Vitória esmagadora do “sim” no referendo de Donetsk

Segundo comissão eleitoral, 89,07% votaram a favor da separação da Ucrânia e 10,19% 
contra.







A percentagem foi apresentada como resultado “definitivo” pela auto-nomeada Comissão Eleitoral de Donetsk, segundo a qual a participação no referendo foi de 74,8% dos eleitores, tendo o “sim” recebido 89,07% dos votos expressos. 
Os resultados do referendo que decorreu simultaneamente na região vizinha de Lugansk ainda não são conhecidos, mas dificilmente serão muito diferentes dos registados em Donetsk.
"Foi fácil contar os boletins, porque o número de pessoas que votou contra era extremamente baixo", disse Roman Liaguine, chefe da comissão eleitoral de Donetsk, citado pela AFP.
O governo de Kiev já qualificou como “farsa criminosa” estes referendos, que mesmo o Presidente russo Vladimir Putin tentou adiar. Ainda antes do anúncio dos resultados, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia já tinha avisado que Kiev não reconhece a validade do referendo (“é juridicamente nulo”), garantindo que não terá “nenhuma consequência jurídica na integridade territorial da Ucrânia”.
Os resultados foram anunciados menos de uma hora depois do encerramento das urnas. Estimava-se que 7,3 milhões de pessoas iriam às urnas.
Este resultado era esperado, mas abre mais um campo de divisão entre a Rússia e a comunidade internacional, que considera este referendo ilegal e tem nas últimas semanas reforçado as sanções económicas à Rússia.
As duas províncias da região industrial de Donbass parecem assim querer seguir o destino da Crimeia, anexada em Março pela Rússia na sequência de um referendo semelhante. Mas, ao contrário da Crimeia, o conjunto destas duas províncias gera cerca de um terço da produção industrial do país e constitui uma região muito densamente povoada. 
Estas zonas do território estão actualmente sob o controlo de rebeldes, que se recusam a reconhecer as autoridades provisórias em funções em Kiev, após a queda do Presidente Viktor Ianukovitch, no final de Fevereiro.

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