Nigéria
Militares sabem onde estão as raparigas raptadas mas não vão intervir
As forças armadas da Nigéria dizem ter localizado as 276 raparigas raptadas pela seita
terrorista Boko Haram, mas não se sabe se vão fazer alguma coisa com essa informação.
"A boa notícia para os pais das raparigas é que sabemos onde estão, mas não podemos dizer-vos",
disse segunda-feirq o marechal Alex Badeh, chefe do Estado-maior. Acrescenta, porém:
"Não podemos ir por aí e matar as raparigas na tentativa de as recuperar".
terrorista Boko Haram, mas não se sabe se vão fazer alguma coisa com essa informação.
"A boa notícia para os pais das raparigas é que sabemos onde estão, mas não podemos dizer-vos",
disse segunda-feirq o marechal Alex Badeh, chefe do Estado-maior. Acrescenta, porém:
"Não podemos ir por aí e matar as raparigas na tentativa de as recuperar".
Badeh, chefe do Estado-maior, falava a manifestantes
que se pronunciavam a favor do Exército, em Abuja. A tropa e o
Governo nigeriano têm sido criticados pela sua inércia
face ao sequestro das meninas, a 14 de abril, de uma escola em
Chibok, no Norte do país. Terão sido levadas para a
vizinha floresta de Sambisa, bastião do Boko Haram.
Os militares
consideram existir o risco de os radicais islâmicos
matarem as raparigas em caso de intervenção.
Os rebeldes, que começaram por ameaçar vender as raparigas para
casamentos forçados ou escravatura
sexual, propuseram
depois trocá-las por militantes do Boko Haram presos, e
divulgaram um vídeo anunciando tê-las convertido ao Islão.
Chegou a haver conversações, mas o Governo do
Presidente Goodluck Jonathan recusou o acordo. "O Governo não pode
negociar com criminosos", justificou o presidente do Senado, David Mark.
"Têm de libertar as nossas irmãs incondicionalmente",
frisou Jonathan.
Drones procuram as reféns
O Governo nigeriano aceitou ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido,
França, Israel e China
para tentar localizar as raparigas. Cerca de
80 militares americanos estão no fronteiriço Chade e
há drones a sobrevoar a floresta de Sambisa, uma zona
de quase
60 mil quilómetros quadrados. O rapto gerou também uma
campanha de solidariedade nas redes sociais, com o
hashtag #BringBackOurGirls (Devolvam as nossas
raparigas).
A atividade terrorista da seita não terminou, contudo.
Depois dos raptos o Boko Haram
já matou cerca de 500 civis.
O grupo, cujo nome se traduz livremente por
"A Educação ocidental é pecado", quer criar um Estado
islâmico extremista noNorte da Nigéria, país cujos 170 milhões de habitantes
são, em porções semelhantes, muçulmanos (sobretudo a
norte) e cristãos (a sul). Nos últimos cinco anos o grupo matou
milhares de pessoas.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/militares-sabem-onde-estao-as-raparigas-raptadas-mas-nao-vao-intervir=f872368#ixzz32uquWhS7
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