Broncas na Universidade
Teresa Leal Coelho
O PSD adora Universidades de fim de semana. Seja porque os seus militantes não as frequentam com grande assiduidade ( preferem os créditos e as equivalências) ou porque só para lá entram por volta dos quarenta, o PSD organiza Universidades por dá cá aquela palha. Depois das Universidades de Verão, chegou a vez da Universidade da Primavera a que decidiram chamar Universidade Política.
Para abrilhantar estes cursos relâmpago (cujos únicos objectivos são dar créditos políticos a quem os frequenta e tempo de antena aos oradores) o PSD convida personalidades mais ou menos mediáticas que têm por função gerar soundbytes.
Na Universidade Política que decorreu durante o fim de semana, Teresa Leal Coelho resolveu fazer uma gracinha e ao apresentar o orador Mota Pinto- depois de enaltecer as suas qualidades- asseverou que a única nódoa no seu curriculum era ter sido juiz do tribunal Constitucional.
No final, interpelada pelos jornalistas, disse que se tinha tratado de uma brincadeira e não se apercebera da presença de jornalistas na sala. Os jornalistas fizeram questão de sublinhar esse desconhecimento e assim branquear a tirada da deputada laranja. Muitos terão engolido a desculpa mas eu- como sempre desconfiado - ainda me lembro da advertência desta deputada (ver texto abiaxo) Teresa Bronca, digo, Leal Coelho aos deputados e não acredito na narrativa.
Teresa Leal Coelho, amásia de Vale e Azevedo, (ela era só sócia do ex-presidente do Benfica, estava a brincar) sabia muito bem que havia jornalistas na sala e pretendeu que a sua frase fosse replicada na comunicação social.
Já na véspera, Marcelo tecera críticas galhofeiras e soezes sobre Seguro que arrancaram fortes gargalhadas dos labregos estudantes presentes. No final, disse que esperava que as suas palavras sobre Seguro não tivessem sido gravadas, sabendo perfeitamente que as câmaras estavam ligadas.
Deixar cair umas farpas como se estivessem a falar em privado, mas esperando que sejam replicadas pela comunicação social, faz parte de uma nova estratégia de marketing da dupla Maduro/Lomba. Pelos vistos, com sucesso garantido.
Teresa Leal Coelho |
O PSD adora Universidades de fim de semana. Seja porque os seus militantes não as frequentam com grande assiduidade ( preferem os créditos e as equivalências) ou porque só para lá entram por volta dos quarenta, o PSD organiza Universidades por dá cá aquela palha. Depois das Universidades de Verão, chegou a vez da Universidade da Primavera a que decidiram chamar Universidade Política.
Para abrilhantar estes cursos relâmpago (cujos únicos objectivos são dar créditos políticos a quem os frequenta e tempo de antena aos oradores) o PSD convida personalidades mais ou menos mediáticas que têm por função gerar soundbytes.
Na Universidade Política que decorreu durante o fim de semana, Teresa Leal Coelho resolveu fazer uma gracinha e ao apresentar o orador Mota Pinto- depois de enaltecer as suas qualidades- asseverou que a única nódoa no seu curriculum era ter sido juiz do tribunal Constitucional.
No final, interpelada pelos jornalistas, disse que se tinha tratado de uma brincadeira e não se apercebera da presença de jornalistas na sala. Os jornalistas fizeram questão de sublinhar esse desconhecimento e assim branquear a tirada da deputada laranja. Muitos terão engolido a desculpa mas eu- como sempre desconfiado - ainda me lembro da advertência desta deputada (ver texto abiaxo) Teresa Bronca, digo, Leal Coelho aos deputados e não acredito na narrativa.
Teresa Leal Coelho, amásia de Vale e Azevedo, (ela era só sócia do ex-presidente do Benfica, estava a brincar) sabia muito bem que havia jornalistas na sala e pretendeu que a sua frase fosse replicada na comunicação social.
Já na véspera, Marcelo tecera críticas galhofeiras e soezes sobre Seguro que arrancaram fortes gargalhadas dos labregos estudantes presentes. No final, disse que esperava que as suas palavras sobre Seguro não tivessem sido gravadas, sabendo perfeitamente que as câmaras estavam ligadas.
Deixar cair umas farpas como se estivessem a falar em privado, mas esperando que sejam replicadas pela comunicação social, faz parte de uma nova estratégia de marketing da dupla Maduro/Lomba. Pelos vistos, com sucesso garantido.
cronicasdorochedo.blogspot.pt
O chulo e a prostituta
Foi há muito, muito, tempo...O 25 de Abril ainda andava nas ruas, as pessoas ainda acreditavam que o fascismo não voltaria e o povo unido jamais seria vencido.
Eu acabara de cumprir o serviço militar e iniciava-me na psicologia. Um dia, a minha amiga Teresa Rosmaninho- que viria a ser a cara da APAV- levou ao meu consultório uma mulher. Rapidamente me apercebi que aquelas roupas estampadas de cores garridas, adornando um corpo vistoso, escondiam uma alma amarga e um corpo dorido de nódoas negras.
A mulher era prostituta e as nódoas negras que coleccionava um pouco por todas as partes visíveis do seu corpo eram o resultado dos correctivos que o chulo todos os dias lhe infligia, insatisfeito com o fraco pecúlio que a mulher lhe trazia, insuficiente para alimentar o vício da droga.
A mulher confessou-me que em tempos o amara e até tinha dois filhos dele, mas naquela altura olhava para ele apenas como o homem que a protegia de eventuais maus tratos dos clientes. Por isso não o podia deixar, já que temia que esse acto tresloucado lhe pudesse trazer consequências imprevisíveis, incluindo a morte.Dela ou dos seus filhos.
Lembrei-me deste episódio quando ouvi esta frase de Teresa Leal Coelho. Ela representa o modo de pensar do PSD. Incapaz de enfrentar os chulos da troika, prefere aceitar os castigos que eles lhe impõem, a negociar alternativas. Com essa atitude escraviza os portugueses e condena-os a sevícias inaceitáveis.
Apesar de tudo, a prostituta que naquele dia entrou no meu consultório, tinha mais dignidade. Se lhe garantissem a protecção dos filhos, ela estava disposta a deixar de se prostituir.
O PSD, pelo contrário, prostitui-se diariamente e não tem qualquer pejo em fazer alarde disso. Teresa Leal Coelho está muito reconhecida porque os chulos da troika lhe pagam o lugar que ocupa no Parlamento e adverte os seus adversários políticos com assento no hemiciclo que também devem estar gratos, em vez de apresentarem moções de censura. Por isso admite continuar a prostituir-se politicamente e a levar cargas de porrada. Para não morrer como política!
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