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segunda-feira, 8 de abril de 2013


"Os Verdes" acusam primeiro-ministro de tentar “iludir a realidade”


O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) considerou este domingo que o primeiro-ministro tentou “iludir a realidade” na sua declaração ao apontar responsabilidades ao Tribunal Constitucional pela situação do país e voltou a exigir a demissão do executivo.
“É uma absoluta falácia! A política do Governo tem afundado este país e, consequentemente, tudo decorria mal! É ofensiva para os portugueses esta ideia transmitida pelo primeiro-ministro”, afirmam “Os Verdes”, num comunicado enviado à imprensa.
Por outro lado, o PEV alerta para “mais uma dose de austeridade sobre os portugueses” anunciada pelo primeiro-ministro que, considera, o executivo já não tem legitimidade para fazer.
“O primeiro-ministro anuncia que vai fazer cortes ainda maiores nas funções sociais do Estado, o que, a acontecer, delapidaria completamente o Estado social, e lançaria um largo número de portugueses para a incapacidade maior de ter acesso a direitos básicos. Inaceitável é também a ideia insinuada pelo primeiro-ministro, na sua declaração, de promover despedimentos na função pública, engrossando níveis de desemprego já tão dramáticos e retirando condições de funcionamento dos serviços públicos”, criticam.
Para o PEV, “o Governo não tem legitimidade para fazer o que está a fazer, ninguém lhe atribuiu mandato para fazer todas estas asneiras e para fazer experimentalismos atrozes no país, que desgraçam a vida dos portugueses”.
“O PEV entende que, neste momento, a solução imediata para o país é a demissão do Governo e ‘Os Verdes’ continuarão a procurar que esse objetivo se concretize”, concluem.
O primeiro-ministro anunciou, numa declaração ao país, que o Governo recusa aumentar impostos e vai reduzir a despesa pública com a segurança social, saúde, educação e empresas públicas, para compensar o “chumbo” de normas do Orçamento do Estado pelo Tribunal Constitucional.
Passos Coelho sustentou que o “chumbo” de normas orçamentais pelo Tribunal Constitucional põe em risco a renegociação dos prazos da dívida e a próxima “tranche” do empréstimo a Portugal e que é imperativo evitar um segundo resgate.

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