Uma espera pode ser um ritual de não esperança, esperando apenas que o tempo se esgote no cansaço de cumprir uma rotina com a marca da fatalidade.
Uma espera pode ter um olhar para o lado, pela vergonha daquilo que pode acontecer na volta do tempo.
Uma espera pode ser um medo de não revoltar.
Uma espera até pode ser o fingimento de dar. Sem nada oferecer e muito menos partilhar. Nem sequer uma faísca do olhar.
Uma espera pode ser muito e até pode ser nada. Uma espera pode ser só esperar.
Por assim pensar é que eu estou convencido que não adianta fazer esperar.
(uma forma de olhar a fotografia de E. J. Bellocq que ilustra este post)
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