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sexta-feira, 18 de maio de 2012



Teatro estúdio apresenta: Mãe querida, mãe querida!



Foto roubada aqui




1º Acto

Há uns tempos estava a assistir a um daqueles programas da tarde dos canais por cabo onde se dá a voz ao povo para que possa desopilar. O tema era  uma qualquer medida do Álvaro. Os espectadores zurziam  no ministro importado do Canadá para a posta ( não é gralha, é mesmo posta…) da Economia  sem dó nem piedade e até eu começava a ter pena dele, quando uma senhora  de Viseu saiu em sua defesa. 
Durante largos minutos elencou as virtudes do Álvaro, aplaudiu as suas medidas e rematou dizendo que o problema dos portugueses é serem muito invejosos. 
Pensar-se-ia que a imagem do ministro da Economia, Emprego, Obras Públicas e outras minudências correlativas tinha sido lavada por aquela senhora que dizia “ até o conheço bem, mas não é por isso que o estou aqui a defender…” 
Ainda havia, porém,  tempo para ouvir mais um testemunho. Por coincidência era um outro espectador de Viseu. Quando eu já esperava nova dose de elogios, veio a surpresa.
“ Só telefono para dizer que aquela senhora que se fartou de elogiar o senhor ministro é a mãe dele. Deu um nome  que habitualmente não usa, mas conheço-lhe muito bem a voz. Ela tem um negócio ( ou vive, já não me recordo bem do que disse o espectador…)ao pé da minha mercearia”.
(Cai o pano)

2º Acto
Lembrei-me desta história ao ver, no domingo, as reportagens sobre a visita do sr. Pedro à Feira do Livro.

Entre as pessoas que rodeavam o PM, ouve-se uma voz a incitá-lo. “ Continue, senhor PM, continue. Tenha força e endireite o país. Muita força, muita força...”
Não se viu o rosto da mulher, mas os repórteres foram  exímios na captação das suas palavras.
Não havendo possibilidade de se tratar da mãe do sr. Pedro, fiquei a pensar se aquela  mulher fazia parte do elenco, ou foi colocada naquele Presépio pelos Reis Magos da segurança de Sexa para enganar os espectadores.
Pelo sim, pelo não, fui pedir a devolução do bilhete. Disseram-me que, na melhor das hipóteses, só lá para 2015! 

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